Moçambique quer recensear milhares de jovens para serviço militar em 2024

O Governo moçambicano espera recensear mais de 220 mil jovens para o Serviço Militar Obrigatório em 2024, anunciou hoje fonte oficial, no dia em que foi promulgada a lei que aumenta para cinco anos o tempo mínimo do serviço militar.

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Lusa
29/12/2023 21:36 ‧ 29/12/2023 por Lusa

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Moçambique

Dos mais de 221 mil jovens previstos a inscrever, 147.114 são homens e 74.027 são mulheres, avançou Jorge Leonel, diretor nacional dos recursos humanos no Ministério da Defesa, durante uma conferência de imprensa em Nampula, no norte de Moçambique.

"Nós temos assistido nos últimos dias à vontade dos jovens de se incorporarem às forças Armadas de Defesa de Moçambique (...) Isto revela que há o alto sentido patriótico da parte dos jovens", disse o responsável, fazendo menção a informações sobre recrutamento compulsivo.

O recenseamento para o Serviço Militar Obrigatório (SMO) deverá decorrer entre 02 de janeiro e 28 de fevereiro de 2024, avançou o diretor dos recursos humanos, referindo que foram criadas condições para que o processo decorra sem sobressaltos.

"Foram igualmente criados 1.499 postos fixos justamente para fazer face a estas situações do tempo chuvoso. Nós temos também 171 postos móveis em todo o território nacional", referiu Jorge Leonel.

O Presidente moçambicano promulgou a revisão legislativa que aumenta de dois para cinco anos o tempo mínimo do serviço militar obrigatório, aprovada no parlamento apenas com os votos favoráveis da maioria da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), anunciou hoje a Presidência.

O recenseamento militar vai decorrer em todo o país e em missões diplomáticas e consulares para o caso de jovens moçambicanos residentes no estrangeiro, num processo que abrange todas as pessoas que não tenham ultrapassado os 35 anos.

O exercício é feito no início de cada ano e não implica automaticamente a incorporação no SMO, pois este ato está sujeito a testes de aptidão e ao número definido anualmente para o ingresso nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

Leia Também: Estado Islâmico reivindica ataque e morte de nove militares em Moçambique

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