O chefe da administração de Donetsk, Denis Pushilin, nomeado por Moscovo, fez um balanço provisório de "13 feridos e quatro mortos" em Donetsk, cidade controlada pela Rússia no leste da Ucrânia, enquanto o governador de Odessa, Oleg Kiper, informou que "uma pessoa morreu na sequência de um ataque inimigo", em publicações na plataforma de mensagens Telegram.
Quando a guerra entre Kyiv e Moscovo está quase a entrar no segundo ano, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prometeu, no discurso de Ano Novo, devastar as forças russas que invadiram a Ucrânia, com recurso a armamento de produção doméstica.
"No próximo ano [este ano], o inimigo vai sofrer a devastação da nossa produção doméstica", disse Zelensky no domingo, garantindo que a Ucrânia terá em 2024 um milhão de drones no seu arsenal.
O discurso televisivo foi enquadrado por imagens de artilharia e de aviões de caça ucranianos.
A Ucrânia vai dispor de mais "um milhão" de drones adicionais no seu arsenal no próximo ano, assim como de caças F-16 fornecidos pelos seus parceiros ocidentais, disse Zelensky.
A mensagem de Ano Novo do presidente ucraniano acontece menos de 72 horas após um dos maiores ataques aéreos de Moscovo desde o início da guerra, com mísseis e drones contra várias cidades ucranianas, e que fizeram 39 mortos.
Zelensky exortou ainda os aliados ocidentais a manter o apoio à Ucrânia, numa altura em que se multiplicam os sinais de fadiga em relação ao conflito.
Apesar da ajuda militar ocidental, que ascende a milhares de milhões de dólares, a Ucrânia não conseguiu um avanço significativo na contraofensiva do verão de 2023 contra as forças russas.
Desde então, Moscovo tem intensificado a pressão ao longo das linhas da frente, tomando a cidade de Marinka no início de dezembro e procurando controlar Kupiansk no nordeste do país.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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