Meteorologia

  • 16 NOVEMBER 2024
Tempo
19º
MIN 14º MÁX 22º

Centro de alerta do Pacífico descarta hipótese de tsunami no Japão

A ameaça de tsunami ligada aos fortes terramotos que atingiram hoje o centro do Japão foi "em grande parte descartada", declarou o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, com sede no Havai.

Centro de alerta do Pacífico descarta hipótese de tsunami no Japão
Notícias ao Minuto

14:02 - 01/01/24 por Lusa

Mundo Japão

"A ameaça de um tsunami foi em grande parte eliminada", declarou a agência norte-americana, depois de ondas com mais de um metro de altura se terem abatido sobre partes do país, provocando o desmoronamento de edifícios na região de Ishikawa.

As autoridades japonesas tinham emitido hoje um alerta de tsunami após um sismo de magnitude 7,6 ocorrido em Ishikawa, no centro da ilha de Honshu, a principal do país.

A televisão estatal NHK TV alertou para ondas que podem atingir os cinco metros em praticamente todo o litoral ocidental e apelou à população para subir para zonas elevadas ou para o topo dos edifícios o mais depressa possível.

Seis pessoas estão presas sob os escombros de casas que ruíram no sismo que atingiu Ishikawa - com cerca de 32.500 casas da região sem energia, segundo os bombeiros locais - e também abalou edifícios no centro de Tóquio, segundo o Governo japonês.

Pelo menos uma dúzia de edifícios ruiu e seis pessoas estão atualmente presas sob os escombros, de acordo com o secretário-chefe do Gabinete do Japão, Hayashi Yoshimasa, o primeiro alto funcionário do Governo a comparecer perante os meios de comunicação social, refere a Europa Press.

Além disso, os bombeiros estão também a combater um grande incêndio na cidade, que se está a propagar pelo bairro de Kawaicho, sem que haja relatos de vítimas até ao momento, afirmou a Divisão de Prevenção de Catástrofes num comunicado divulgado pelo jornal Asahi Shimbun.

As autoridades japonesas confirmaram a chegada de tsunamis à costa oeste do Japão, nomeadamente ao município de Ishikawa, horas depois de um sismo de magnitude 7,6 ter atingido a costa ocidental do país.

Confirmaram igualmente a chegada de ondas às províncias de Yamagata, Niigata e Toyama, onde se registaram quatro feridos, incluindo uma mulher de 80 anos que caiu ao chão durante o processo de evacuação da cidade de Kurobe, segundo a Europa Press.

O terramoto de 7,6 foi o mais forte de uma cadeia de 21 sismos registados entre as 08:06 e as 09:29 GMT (mesma hora em Lisboa) ao largo da costa de Ishikawa e do município vizinho de Niigata, tendo a cidade de Wajima, na prefeitura de Ishikawa, sido a mais afetada pelo terramoto.

Até ao momento, de acordo com o Ministério da Defesa japonês, cerca de mil residentes da cidade foram retirados, através da base militar, onde as tropas do 14.º Regimento Geral das Forças de Auto Defesa do Japão começaram a chegar para ajudar nas operações de salvamento no terreno.

Segundo o Governo japonês, as centrais nucleares na área não parecem ter sido afetadas pelo terremoto.

Um transformador elétrico incendiou-se na central nuclear de Shiga, mas as chamas foram extintas e a central não foi afetada.

A Kansai Electric Power Company não comunicou quaisquer danos nas centrais nucleares de Ohi e Takahama, na região de Fukui, duas das regiões mais vulneráveis na costa ocidental a um possível terramoto, segundo a emissora pública japonesa NHK.

De momento, a central nuclear de Kashiwazaki-Kariwa também não foi afetada, segundo um comunicado da Tokyo Electric Power Company (TEPCO) divulgado pelo jornal "Asahi Shimbun".

Os habitantes da capital do país relataram tremores nos edifícios em consequência do terramoto, mas até agora não foram registadas vítimas na metrópole.

No entanto, a Agência Meteorológica Nacional do Japão avisou que o perigo ainda não acabou.

De acordo com os especialistas da agência japonesa, os tremores secundários continuarão durante a próxima semana, sendo particularmente perigosos nos próximos dois ou três dias, durante os quais é provável que se repitam fortes tremores de magnitude sete ou superior.

Os sismólogos japoneses pedem aos residentes locais que estejam especialmente vigilantes.

AG (HN) // MLL

Lusa/fim

Recomendados para si

;
Campo obrigatório