Segundo aquela agência de notícias, que cita meios de comunicação locais, não foi explicado o motivo pelo qual o contratorpedeiro Albatroz entrou no Mar Vermelho por aquele estreito que separa a Península Arábica de África.
A frota iraniana opera na zona "desde 2009, para proteger as rotas marítimas e repelir os piratas, entre outras coisas", segundo informações veiculadas pela agência noticiosa do Irão Tasnim e citadas pela AFP.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas em Gaza, a 07 de outubro, os Hutis, que controlam uma grande parte do Iémen e são próximos do Irão, intensificaram os ataques no Mar Vermelho contra navios que consideram "ligados a Israel", em solidariedade com o território palestiniano, bombardeado e sitiado por Israel.
O Irão é acusado de ajudar os rebeldes a levar a cabo estes ataques, mas a República Islâmica sempre negou ter-lhes fornecido equipamento militar.
Os Estados Unidos, aliados de Israel, estão a patrulhar a zona com outros países no âmbito de uma coligação internacional para proteger o tráfego marítimo dos ataques dos Houthi.
No domingo, o exército americano anunciou ter afundado três navios rebeldes após ataques a um navio porta-contentores pertencente à transportadora dinamarquesa Maersk, matando dez rebeldes.
No domingo, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, disse ter falado com o seu homólogo iraniano, Hossein Amir-Abdollahian, sobre os ataques dos Houthi "que ameaçam vidas inocentes e a economia internacional".
"Deixei claro que o Irão tem a sua quota-parte de responsabilidade na prevenção destes ataques, dado o seu apoio de longa data aos Hutis", escreveu Cameron no X (antigo Twitter), citado pela AFP.
Hoje, o Secretário da Defesa britânico, Grant Shapps, disse que estava pronto para tomar "ação direta" contra os Hutis.
O ministro iraniano, em comunicado, criticou a "linguagem dupla" de alguns países ocidentais, afirmando que "não se pode permitir que o regime israelita ponha a região a arder e a sangrar" com a guerra em Gaza.
Em 2021, o Alborz repeliu um ataque de piratas a dois petroleiros no Golfo de Aden e em 2015 foi um dos dois navios de guerra iranianos enviados para o estreito "para garantir a segurança dos navios comerciais", o que foi visto na altura como um sinal de tensão com a Arábia Saudita.
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