O Ministério dos Negócios Estrangeiros da AP agradeceu, num comunicado, a rejeição da comunidade internacional aos apelos dos ministros das Finanças israelita, Bezalel Smotrich, e da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, para o estabelecimento de colonatos judeus na Faixa de Gaza.
No entanto, o Ministério defendeu que estas posições de apoio à Palestina devem ser acompanhadas de ações reais para travar a agressão de Israel, uma vez que os planos para deslocar o povo palestiniano "estão presentes na agenda da extrema-direita do Governo" israelita, seja na Faixa de Gaza, na Cisjordânia ou até mesmo em Jerusalém Oriental.
"As autoridades de ocupação estão a aprofundar os crimes de deslocação forçada na Faixa de Gaza, (...) mais de dois milhões de palestinianos, a maioria dos quais estão agora nas regiões do sul", acusou.
A AP considerou que Israel com os seus "ataques contínuos" está a tentar forçar estas pessoas a "fugir numa debandada em massa em direção à fronteira" e ao mesmo tempo impedi-las de regressar às suas casas no norte, despojando-as assim das suas raízes, em linha com sua política de expulsão.
"A direita que governa Israel está a lançar uma campanha contra a Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina (UNRWA), numa tentativa de continuar a atacar e sabotar o seu papel, impedindo-a de cumprir as suas funções e parando completamente o seu trabalho na Faixa de Gaza (...), referiu ainda o Ministério da AP.
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