O ACNUR refere, em comunicado, que o conflito e violência na região de Kassai levou milhares de congoleses a pedir abrigo na província angolana da Lunda Norte, 69% dos quais acolhidos no acampamento de Lóvua e os restantes refugiados em regiões próximas.
"A situação, que levou as autoridades de Angola a declarar emergência, ditou a criação do assentamento de Lóvua em 2017. O local e outras áreas vizinhas acolheram e garantiram asilo, assistência e proteção aos congoleses", frisa no documento a que a agência Lusa teve acesso.
O ACNUR indicou também que 3.732 congoleses e seus dependentes foram apoiados durante o retorno voluntário, em coordenação com o Governo e parceiros.
No ano passado, segundo o ACNUR, cerca 820 congoleses que solicitaram abrigo em território angolano foram repatriados após terem fugido do conflito e da violência da região de Kassai para a província de Lunda Norte.
Citando o seu mais recente relatório sobre os refugiados, o ACNUR destaca ainda que toda a população de Kassai ganhou o estatuto de refugiado ao chegar a Angola.
"Na sua totalidade, os cidadãos congoleses registados receberam documentação do ACNUR emitida pelo Governo angolano, com nascimentos e óbitos registados semanalmente", sublinha no documento.
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