Um sismo de magnitude 6.0 na escala de Ritcher voltou a fazer tremer o Japão, esta terça-feira. O abalo foi sentido na costa oeste do país, a mesma zona que foi afetada na semana passada por um sismo com danos significativos.
O sismo foi sentido pelas 17h59 [8h59 em Portugal Continental], com o epicentro a uma profundidade de 10 quilómetros na costa junto a Niigata, segundo a Agência Meteorológica do Japão.
Até ao momento não foi ativado nenhum alerta tsunami.
O abalo atingiu a magnitude 6.0 na escala de Ritcher e o epicentro foi detectado num ponto próximo do sismo de magnitude 7,6 do dia 1 de janeiro, que causou pelo menos 202 mortos e 102 desaparecidos.
Trata-se da catástrofe natural mais mortífera no Japão desde as inundações no oeste do país em 2018, que mataram mais de 220 pessoas.
É também o terramoto mais mortífero no arquipélago desde os que atingiram a ilha de Kyushu (sudoeste) em 2016, causando quase 300 mortos.
O sismo de 01 de janeiro que atingiu a península de Noto, no extremo norte da prefeitura de Ishikawa, foi seguido de mais de 1.200 tremores, provocando o desabamento de muitos edifícios, incêndios e danos em muitas infraestruturas.
Mais de uma semana após a catástrofe, mais de 3.000 habitantes da península continuavam isolados enquanto aguardavam ajuda, com atrasos provocados por chuva e neve e pelo persistente bloqueio das estradas por deslizamentos de terras.
Mais de 28.000 pessoas estavam ainda em cerca de 400 centros de acolhimento, alguns dos quais sobrelotados e com carências a nível de alimentos e de aquecimento.
Cerca de 60.000 casas permaneciam hoje sem acesso a água corrente e quase 15.000 sem eletricidade.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, apelou hoje aos ministros para que resolvessem rapidamente o problema das comunidades ainda isoladas na península de Noto e para que prosseguissem "tenazmente as operações de salvamento".
O Governo está também a tentar transferir os desalojados para centros fora das zonas de catástrofe, onde o fornecimento de bens de primeira necessidade não constitui um problema.
[Notícia atualizada às 11h01]