"Pelo menos 14 membros das forças do regime foram mortos e outros feridos num ataque sangrento de membros do Estado Islâmico contra um autocarro militar no deserto de Palmira", no leste da província de Homs (centro da Síria), indicou o OSDH.
O observatório é uma organização não-governamental (ONG) com sede em Londres e que dispõe de uma rede de informadores em todo o território sírio.
Até ao momento, o ataque ainda não foi oficialmente reivindicado.
Segundo a mesma ONG trata-se do segundo ataque do grupo 'jihadista' contra as forças do regime de Damasco desde o início do ano, depois de nove soldados das forças governamentais sírias e membros das milícias terem sido mortos a 01 de janeiro num ataque contra postos militares no deserto oriental.
O Estado Islâmico intensificou recentemente os ataques na Síria contra as tropas do regime, nomeadamente no deserto de Palmira para onde os 'jihadistas' se retiraram após a perda, em 2019, dos vastos territórios que controlavam no país.
Em junho de 2014, o grupo Estado Islâmico estabeleceu um "califado" autoproclamado numa vasta região que atravessa o Iraque e a Síria.
Uma coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos, combateu o grupo até que as Forças Democráticas Sírias (SDF, na sigla em inglês), que conta com efetivos curdos, tomaram o último reduto em Baghouz (leste da Síria), em março de 2019, assinalando a derrota territorial dos extremistas.
Mesmo assim, o Estado Islâmico continua a atacar regularmente as forças do regime e os membros das FDS no vasto deserto sírio.
A guerra civil na Síria, desencadeada em março de 2011 pela violenta repressão do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, de manifestações pacíficas, provocou mais de meio milhão de mortos e obrigou à deslocação de vários milhões de pessoas.
O conflito ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos 'jihadistas', e várias frentes de combate.
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