"Já provamos que a Rússia pode ser parada". Zelensky discursou em Vilnius
O presidente ucraniano disse que, agora, é preciso "provar" que são capazes de "alcançar uma paz justa".
© Reuters/ NTB/Javad Parsa
Mundo Guerra na Ucrânia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deixou, esta quarta-feira, recados na direção do seu homólogo russo, Vladimir Putin, ao mesmo tempo que realçou a importância de trabalhar em conjunto com a Lituânia, numa visita surpresa à capital do país, Vilnius.
"Já provamos que a Rússia pode ser parada. Agora, precisamos de provar que somos capazes de alcançar uma paz justa", disse Zelensky em conferência de imprensa, citado pela agência de notícias Al Jazeera.
Nas mesmas declarações, o presidente ucraniano realçou a importância de trabalhar em conjunto com a Lituânia, para que os países "não se tornem reféns da geografia e não permitam que a Rússia destrua as suas soberanias".
"Juntos devemos determinar as decisões que este ano nos trará. Estas devem ser decisões a favor da nossa liberdade", continuou, assegurando que 2024 será um ano decisivo para a Ucrânia e para os seus aliados.
"Temos de prestar atenção à retórica de Putin. Ele não vai parar. Quer manter-nos completamente ocupados", afirmou Zelensky, dizendo que, por vezes, as hesitações dos parceiros de Kyiv relativamente à ajuda financeira e militar à Ucrânia "só aumentam a ousadia e a força da Rússia".
Putin não vai parar enquanto a Ucrânia e os seus aliados não acabarem com ele, acrescentou, segundo a agência francesa AFP.
"Vladimir Putin não vai parar até que nós, juntos, acabemos com ele", apoiou o Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, ao lado de Zelensky.
Zelensky aterrou, na manhã desta quarta-feira, na capital da Lituânia, onde tinha marcadas na agenda reuniões com o presidente, o primeiro-ministro e o presidente do parlamento do país, bem como com figuras políticas e meios de comunicação. Deverá, depois, visitar as capitais das vizinhas Letónia e Estónia.
A Rússia iniciou, em fevereiro de 2022, uma invasão em grande escala da Ucrânia, que resultou, até ao momento, na morte de mais de 10.000 civis, segundo dados das Nações Unidas.
[Notícia atualizada às 14h18]
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