Há resposta "nuclear" se Ucrânia atingir locais de lançamento de mísseis

Medvedev afirmou que alguns comandantes militares ucranianos estavam a considerar atingir locais de lançamento de mísseis dentro de território russo com mísseis de longo alcance fornecidos pelo Ocidente.

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Notícias ao Minuto
11/01/2024 17:19 ‧ 11/01/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, Dmitry Medvedev, avisou, esta quinta-feira, que qualquer ataque ucraniano a locais de lançamento de mísseis dentro da Rússia com armas fornecidas pelos EUA e pelos seus aliados arriscaria uma resposta "nuclear" de Moscovo.

Medvedev afirmou que alguns comandantes militares ucranianos estavam a considerar atingir locais de lançamento de mísseis dentro de território russo com mísseis de longo alcance fornecidos pelo Ocidente, reporta a agência Reuters.

O aliado de Putin não especificou os nomes dos comandantes envolvidos nem detalhes do plano, assim como a Ucrânia não reagiu às suas declarações.

"O que é que isto significa? Significa apenas uma coisa - eles correm o risco de entrar em ação no parágrafo 19 dos fundamentos da política estatal da Rússia no domínio da dissuasão nuclear. Este não é um direito à autodefesa, mas uma base direta e óbvia para a nossa utilização de armas nucleares. Convém recordar este facto", esclareceu Medvedev através de uma publicação na rede social Telegram.

A Reuters detalha que o parágrafo 19 da doutrina nuclear russa de 2020, a que o representante de Moscovo se refere, estabelece as condições em que um presidente russo poderá considerar a possibilidade de utilizar uma arma nuclear.

Assim, em termos gerais, poderá fazê-lo como resposta a um ataque com armas nucleares ou outras armas de destruição maciça, ou à utilização de armas convencionais contra a Rússia "quando a própria existência do Estado é posta em causa", esclarece a Reuters.

O risco de escalada nuclear paira sobre a guerra na Ucrânia desde o primeiro dia em que a Rússia enviou milhares de soldados para invadir a Ucrânia, em fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 após a desagregação da antiga União Soviética e que tem vindo desde então a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

Leia Também: Ex-ministro condenado a 12 anos de prisão por peculato na Rússia

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