"Vadzim morreu na noite de 08 para 09 de janeiro devido a uma pneumonia. Foi levado para o hospital, mas já não foi possível salvá-lo", informou a ONG Viasná na rede social Telegram.
Segundo a Viasná, as autoridades têm evitado comentar a morte do opositor, de 50 anos, ocorrida numa prisão na região de Vitebsk.
"Vadzim foi enterrado em Minsk em 12 de janeiro", acrescentou a organização, referindo que o opositor sofria de diversas doenças no momento da sua detenção e não recebeu os devidos cuidados médicos.
Após a intensa agitação que abalou a Bielorrússia na sequência das eleições presidenciais de agosto de 2020 - nas quais Aleksandr Lukashenko foi declarado vencedor, apesar das denúncias de fraude pela oposição e pela comunidade internacional - as autoridades bielorrussas lançaram uma campanha de repressão sem precedentes.
Segundo os defensores dos direitos humanos bielorrussos, existem 1.477 presos políticos reconhecidos no país, 168 dos quais são mulheres.
Apesar da repressão e ilegalização da oposição, as agências de defesa de direitos humanos e as organizações independentes no país lançaram a campanha - Defensores dos Direitos Humanos por eleições livres - com o objetivo de monitorizar as eleições para a Assembleia Nacional e para os conselhos locais, que serão realizadas em 25 de fevereiro.
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