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Com cancro terminal, mãe de refém do Hamas pede para ver filha "em casa"

A jovem estava no festival Supernova, na Faixa de Gaza, quando foi raptada por membros do Hamas, no dia 7 de outubro.

Com cancro terminal, mãe de refém do Hamas pede para ver filha "em casa"
Notícias ao Minuto

21:15 - 15/01/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Israel/Palestina

A mãe de Noa Argamani, a refém de 26 anos que continua na alçada do grupo islâmico Hamas, tem apelado à libertação da filha, uma vez que o seu tempo está a esgotar-se. A mulher, que tem um tumor no cérebro de grau IV, pediu, por isso, para ter a oportunidade de ver a filha “em casa”.

A jovem estava no festival Supernova, na Faixa de Gaza, quando foi raptada por membros do Hamas, no dia 7 de outubro. Pouco se sabe sobre o paradeiro da refém.

O Hamas anunciou, esta segunda-feira, a morte de dois outros reféns, entre eles o luso-israelita Yossi Sharabi, de 53 anos. Não se sabe, contudo, quando é que o vídeo foi filmado. Ainda assim, as imagens surgiram depois de, no domingo, o grupo militar ter dado conta de que, na segunda-feira, revelaria o "destino" destes reféns. Até ao momento, Noa Argamani ainda estará viva.

Liora Argamani tem feito o que pode para assegurar a libertação da filha, tendo até pedido ajuda ao presidente norte-americano, Joe Biden.

“Sou doente terminal, com cancro no cérebro de grau IV. Tudo o que me passa pela cabeça antes de deixar a minha família para sempre é a possibilidade de abraçar a minha filha, a minha única filha, uma última vez. É Natal, e quero pedir-lhe, presidente Biden, como presente, para ver a minha filha novamente antes de deixar este mundo”, disse a mulher, num comunicado divulgado no dia 26 de dezembro, na CNN.

A mulher realçou ainda que a filha “é uma mulher jovem e feliz, com uma energia contagiante”, que “adora dançar, adora música e adora estar com seus amigos e familiares”.

“Merece voltar para onde pertence, para perseguir os seus sonhos, rodeada de amor e cuidado. Merece ver a sua mãe viva pela última vez”, complementou.

Em novembro, Liora Argamani filmou um outro apelo tanto ao líder norte-americano, como à filha, no qual garantiu que a família fez “tudo” para a libertar.

“Noa, quero dizer-te: se não conseguir ver-te, por favor fica a saber que te amo muito. Por favor, fica a saber que fizemos tudo o que podíamos para te libertar”, disse a mulher, num vídeo publicado na página do Facebook do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, também tentou garantir a libertação da jovem, tendo solicitado a intervenção do presidente chinês Xi Jinping, uma vez que Noa Argamani tem cidadania chinesa, noticiou o The Jerusalem Post.

Para assinalar os 100 dias de guerra, as famílias dos mais de 100 reféns em posse do Hamas convocaram uma manifestação massiva no domingo, em Telavive, durante 24 horas, para exigir que o governo daquele Estado faça todos os possíveis para trazê-los de volta a casa.

Dos cerca de 250 reféns raptados a 7 de outubro, cerca de uma centena foi libertada em troca de prisioneiros palestinianos durante uma trégua nos combates, no final de novembro. No entanto, mais de 130 continuam na Faixa de Gaza (território controlado pelo Hamas desde 2007), segundo as autoridades israelitas, que apuraram que 25 morreram sem que os seus corpos tenham sido devolvidos.

Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.

O primeiro-ministro israelita declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.

Leia Também: Hamas terá divulgado vídeo com reféns mortos, entre eles um português

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