Transportadores polacos suspendem bloqueio fronteiriço até março

Os transportadores polacos que bloqueiam a fronteira com a Ucrânia desde novembro acusando Kyiv de "concorrência desleal" vão suspender a ação de luta, anunciou hoje o ministro polaco das Infraestruturas.

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© Olena Danylo /Suspilne Ukraine/JSC "UA:PBC"/Global Images Ukraine via Getty Images

Lusa
16/01/2024 13:52 ‧ 16/01/2024 por Lusa

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"Temos este acordo, o acordo esperado não só pelos transportadores polacos mas também por um grande número de empresários na Polónia, pela Comissão Europeia e pela Ucrânia", disse Dariusz Klimczak aos jornalistas, depois de assinar um acordo com representantes dos grevistas.

"Os protestos (bloqueios) vão cessar até 01 de março", acrescentou.

Este acordo "não marca o fim do diálogo, pelo contrário, abre conversações muito intensas que deverão conduzir a soluções muito precisas com vista a alcançar (...) tudo o que os transportadores pedem", salientou o ministro polaco.

Segundo Klimczak, desenvolveram-se discussões complexas em áreas como "assuntos internacionais, política externa, cooperação com a Ucrânia e com várias instituições polacas".

"Damos um voto de confiança ao ministério. Não se trata de uma capitulação, mas de uma pausa estratégica", comentou Rafal Mekler, um dos organizadores dos bloqueios, através da rede social X.

"Se não conseguirmos encontrar soluções, voltaremos à fronteira", alertou.

Em meados de novembro do ano passado, os representantes dos transportadores rodoviários de mercadorias da Europa Central apelaram à União Europeia para que pusesse termo a um acordo de transportes com a Ucrânia que, segundo dizem, tinha conduzido a uma concorrência desleal.

Num comunicado de imprensa conjunto, os presidentes das associações de transportadores rodoviários checos, húngaros, lituanos, polacos e eslovacos pediram a reintrodução de autorizações de entrada na União Europeia para os transportadores ucranianos, um sistema que o bloco europeu abandonou após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Leia Também: EUA podem ter Trump de volta. E por cá? "Europa estará mais só que nunca"

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