A cidade de Belgorod cancelou eventos em que os fiéis mergulham em lagos e piscinas através de buracos no gelo na festa da Epifania, que decorre anualmente em 19 de janeiro, informou a agência de notícias estatal Tass, citando o Ministério Regional de Emergências.
Os ataques transfronteiriços tornaram-se cada vez mais frequentes nas últimas semanas em Belgorod - a maior cidade russa, a cerca de 100 quilómetros a norte de Kharkiv, com cerca de 340 mil habitantes - e podem ser alcançados por armas relativamente simples e móveis, como múltiplos lançadores de foguetes.
Em 30 de dezembro, bombardeamentos no centro de Belgorod mataram 21 pessoas e feriram 110, disseram autoridades regionais, naquele que foi um dos ataques mais mortíferos em solo russo desde o início da invasão russa.
As aldeias fronteiriças foram alvos esporádicos durante a guerra de fogo de artilharia ucraniano, foguetes, morteiros e 'drones' lançados a partir de florestas densas, onde são difíceis de detetar.
Os ataques transfronteiriços de mísseis, 'drones' e artilharia de longo alcance têm sido uma característica desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu a Ucrânia, especialmente quando os combates na linha da frente diminuem durante o inverno.
Nos últimos dias, forças russas atacaram repetidamente áreas civis da Ucrânia.
Hoje, um edifício de vários andares foi atingido em Kupiansk, na região leste de Kharkiv, matando uma mulher de 57 anos e ferindo dois homens, segundo o governador regional, Oleh Syniehubov.
Perto de Kupiansk, as tropas russas também bombardearam a aldeia de Maly Burluk, matando uma idosa, informou o gabinete presidencial da Ucrânia.
Na cidade de Kherson, no sul, um bombardeamento matou um motorista e um transeunte na rua.
A Força Aérea da Ucrânia disse que intercetou 22 dos 33 'drones' Shahed lançados pela Rússia durante a noite.
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