Chile pede a TPI que investigue "crimes de guerra" em Israel e Palestina

O chefe da diplomacia do Chile explicitou hoje que o requerimento que apresentou com o México no Tribunal Penal Internacional (TPI) pretende que se investiguem "todos os crimes de guerra" alegadamente cometidos em Israel e na Palestina.

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Lusa
18/01/2024 20:35 ‧ 18/01/2024 por Lusa

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Em conferência de imprensa na sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Alberto Van Kleberen sublinhou que a posição histórica do seu país face ao conflito israelo-palestiniano "não se alterou" e que as iniciativas da diplomacia chilena estão disponíveis para as suas partes.

Na missiva entregue ao TPI, o Chile e o México também voltam a pedir um "cessar-fogo" total.

"O que nos interessa é apoiar a investigação de qualquer possível crime de guerra que tenha sido cometido na região. Venha de onde vier esse crime de guerra", afirmou.

"Sejam crimes de guerra cometidos por israelitas ou por palestinianos. Crimes de guerra que se tenham cometido no território de Gaza, nos territórios ocupados da Cisjordânia, em Jerusalém leste, e também, decerto, em Israel", sublinhou.

Neste aspeto, o ministro assegurou que o seu país não distingue se os possíveis crimes de guerra tenham sido cometidos por um Estado, um exército ou grupos armados.

"Também é importante considerar que o Direito internacional humanitário abrange quer a ação dos Estados quer a dos grupos não estatais", disse.

O governante chileno explicou que se refere "a atos cometidos pelo Estado de Israel, mas também, decerto, a atos cometidos pelo grupo Hamas através das ações terroristas que efetuou em 07 de outubro em território israelita".

"A nossa ideia consiste em apoiar essa investigação e trata-se de um requerimento que apresentamos perante o Tribunal Penal Internacional juntamente com um país latino-americano importante e amigo, como é o México", insistiu.

O ministro também admitiu participar no esclarecimento de supostas violações que possam ter sido cometidas face à convenção contra o genocídio, e indicou que uma decisão nesse aspeto permanece sujeita a avaliação.

Van Kleberen também sublinhou que o Chile "assistiu à sessão em que ficou conhecida a petição de medidas provisórias por parte da África do Sul e que apontava justamente para um cessar-fogo".

"À semelhança de muitos outros membros da comunidade internacional, o Chile apoia a petição de cessar-fogo para terminar com a terrível situação que está a decorrer em Gaza", esclareceu.

Leia Também: Área queimada no Chile por fogos florestais aumentou 156%

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