Greve causa "enormes perturbações" no tráfego ferroviário na Alemanha

A Deutsche Bahn alertou hoje para fortes perturbações no tráfego ferroviário em toda a Alemanha devido à greve de seis dias convocada pelo sindicato dos maquinistas GDL, que começou hoje no transporte de passageiros.

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Lusa
24/01/2024 10:42 ‧ 24/01/2024 por Lusa

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Deutsche Bahn

"A greve de seis dias do sindicato dos maquinistas da GDL já começou. É já a quarta greve nesta ronda de negociações coletivas e a mais longa na história da Deutsche Bahn (DB)", disse o porta-voz da empresa, Achim Stauß, que precisou que a greve no transporte de mercadorias começou antes, na terça-feira à tarde.

No 'site', a empresa ferroviária informa que os serviços mínimos para o transporte de passageiros da DB começaram esta manhã como planeado.

"A greve da GDL causará enormes perturbações em todo o tráfego de longa distância e regional até segunda-feira, inclusive", avisa, acrescentando que com os serviços mínimos a DB dá aos seus clientes uma oferta de viagem muito reduzida, mas fiável".

O porta-voz da DB afirmou que, para o tráfego de longa distância, a empresa está a utilizar comboios ICE (IntercityExpress) extralongos, a fim de poder oferecer aos passageiros o maior número possível de lugares.

Também nos transportes regionais, a oferta está a ser severamente restringida, embora o impacto da greve varie muito de região para região, acrescentou.

A greve está também a ter um enorme impacto nos serviços de transporte de mercadorias da DB Cargo, que começaram na terça-feira à tarde, e para os quais a greve já teve um grande impacto.

"É de temer que a greve da GDL conduza a uma queda significativa dos volumes e que muitos clientes transfiram o máximo de carga possível para os camiões e para a estrada", alertou.

Stauß garantiu que a DB Cargo está a fazer todos os possíveis para garantir que os comboios de mercadorias relevantes para o abastecimento, por exemplo, para centrais elétricas ou altos-fornos, cheguem aos clientes.

Acrescentou que a DB manifestou até ao último momento a sua vontade de negociar com a GDL para evitar a greve, "no interesse dos passageiros, mas também da economia alemã", mas lamentou que o sindicato "continue a recusar-se a negociar e a agravar a situação".

O porta-voz salientou que, na terça-feira à noite, a GDL apresentou uma proposta de acordo, que, no entanto, "não passa de uma repetição das conhecidas exigências máximas que não podem ser implementadas desta forma".

Leia Também: Maquinistas convocam quarta greve (em três meses) na Alemanha

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