Foi a maior manifestação desde que a Presidente, Samia Suluhu Hassan, levantou em janeiro de 2023 a proibição de manifestações políticas da oposição decretada em 2016 pelo antecessor, John Magufuli, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).
O principal partido da oposição, Chadema, opõe-se particularmente a um texto que permite ao Chefe de Estado nomear cinco dos dez membros da comissão eleitoral. Anteriormente, o Presidente nomeava toda a comissão.
Para o líder do Chadema, Freeman Mbowe, as alterações previstas não passam de "reformas cosméticas".
"Isto é apenas o começo", disse o líder da oposição no início da manifestação, afirmando que os comícios iriam estender-se a outras regiões até que as autoridades acedessem às exigências.
"O Governo tanzaniano não ouve o seu povo, apesar de este atravessar momentos difíceis", prosseguiu, referindo-se à situação económica deste país da África Oriental que faz fronteira com Moçambique, atingido por um aumento do custo de vida, onde 44% da população vive abaixo do limiar da pobreza.
Sob escolta policial, o cortejo com as cores vermelha, branca e azul do partido Chadema partiu dos arredores de Dar es Salaam em direção à sede local das Nações Unidas.
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