Ministro israelita responsabiliza o Qatar pelo ataque de 7 de outubro

O ministro das Finanças de Israel, de extrema-direita, acusou hoje o Qatar, um dos principais intervenientes nas negociações com o movimento palestiniano Hamas, de ser responsável pelo atentado de 07 de outubro do ano passado.

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Lusa
25/01/2024 10:38 ‧ 25/01/2024 por Lusa

Mundo

Israel

"O Qatar é um país que apoia e financia o terrorismo", afirmou Bezalel Smotrich, acusando diretamente Doha.

O emirado "é o patrocinador do Hamas e é o principal responsável pelos massacres cometidos pelo Hamas contra cidadãos israelitas", declarou ainda , líder do partido Sionismo Religioso que integra o Governo de Israel.

"Uma coisa é certa: o Qatar não se envolverá de forma alguma no que acontecer em Gaza depois da guerra", acrescentou o ministro através de uma mensagem divulgada através da rede social X.

O debate em Israel sobre a melhor forma de garantir a libertação dos reféns ainda detidos pelo Hamas está a aumentar à medida que as operações militares se intensificam no sul da Faixa de Gaza.

O Qatar, o Egito e os Estados Unidos estão a tentar mediar a situação para obter uma nova trégua, permitir a libertação dos reféns ainda detidos e fornecer mais ajuda humanitária ao território palestiniano.

Na quarta-feira, o Canal 12 de Israel difundiu uma gravação de um diálogo do primeiro-ministro israelita com familiares dos reféns, na qual Benjamin Netanyahu descreve o papel de Doha como "problemático".

"Não tenho ilusões em relação a eles", declarou Netanyahu no mesmo registo sonoro, acusando o emirado de financiar o movimento islamita palestiniano.

O Qatar disse estar "chocado, classificando os comentários de Netanyahu como "irresponsáveis e prejudiciais aos esforços para salvar vidas inocentes".

Doha acolhe a liderança política do Hamas e, nos últimos anos, concedeu centenas de milhões de dólares em ajuda destinada à população de Gaza, que está sob o controlo do movimento desde 2007.

A guerra em curso foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelita, a 07 de outubro do ano passado, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas, na maioria civis, segundo uma contagem da agência France-Presse (AFP) com base em dados oficiais.

Cerca de 250 pessoas foram raptadas, das quais uma centena foi libertada no final de novembro durante uma trégua.

De acordo com a mesma contagem da AFP, 132 reféns ainda se encontram no território e 28 dos quais terão morrido.

Israel jurou aniquilar o Hamas e lançou uma vasta operação militar que matou 25.700 palestinianos, na maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do movimento que controla o enclave.

Leia Também: Ministro das Finanças israelita defende regresso dos colonos a Gaza

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