Alexander Stubb à frente nas presidenciais na Finlândia

Este escrutínio registou uma participação recorde do voto antecipado. Segunda volta é a 11 de fevereiro.

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© MARKKU ULANDER/Lehtikuva/AFP via Getty Images

Lusa
28/01/2024 19:37 ‧ 28/01/2024 por Lusa

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Finlândia

O ex-primeiro-ministro conservador Alexander Stubb foi o mais votado nas eleições presidenciais de hoje na Finlândia, à frente do ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Pekka Haavisto, e ambos vão defrontar-se numa segunda volta, a 11 de fevereiro.

Stubb, líder do Partido da Coligação Nacional, obteve 27,1% dos votos e Haavisto, líder ecologista e candidato independente, garantiu 25,8% na primeira volta das presidenciais, indicam os resultados oficiais do Ministério da Justiça finlandês, e quando estavam contados 99,1% dos votos expressos.

A terceira posição surge o ultranacionalista Jussi Halla-aho (19%) e o independente Olli Rehn (15,4%). Nenhum outro candidato ultrapassou a barreira dos 5% dos votos.

As urnas em todo o país fecharam às 20:00 horas locais (18:00 GMT) e a participação foi de 74,9%.

Este escrutínio registou uma participação recorde do voto antecipado. O vencedor das eleições vai substituir no cargo, em 01 de março, o Presidente Sauli Niinisto, impedido de se recandidatar após cumprir dois mandatos.

O Presidente da Finlândia, responsável pela direção da política externa e de segurança e o comandante supremo das Forças Armadas, enfrentará um contexto muito diverso dos seus antecessores devido à guerra no leste da Europa.

Na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, a Finlândia iniciou um trajeto em direção à adesão à NATO, e abandonou uma histórica neutralidade a nível internacional. Em abril de 2023 converteu-se no 31º Estado-membro da aliança militar ocidental.

A campanha foi dominada pelas relações com a vizinha Rússia, após a invasão da Ucrânia e a adesão à NATO.

No total, nove candidatos concorriam às eleições deste país nórdico, com 5,5 milhões de habitantes.

Alexander Stubb, 55 anos, que, tal como o Presidente Sauli Niinisto, pertence ao Partido da Coligação Nacional (no poder), beneficia de uma larga carreira política -- foi eurodeputado, ocupou três pastas ministeriais, incluindo Negócios Estrangeiros, chefiou o Governo entre 2014 e 2015, candidatou-se à presidência da Comissão Europeia (quando Ursula Von der Leyen foi escolhida) e à liderança do Partido Popular Europeu e foi vice-presidente do Banco Europeu de Investimento.

Pekka Haavisto desempenhou um papel fundamental na adesão da Finlândia à NATO, em abril passado, enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros durante o anterior executivo, liderado por Sanna Marin.

Membro dos Verdes, concorreu agora como independente, na sua terceira candidatura presidencial, depois de ter ficado em segundo lugar em relação a Niinisto nas duas ocasiões anteriores.

Com 75 anos, Niinisto sai ao fim de 12 anos na Presidência, por não poder concorrer a um terceiro mandato. Foi apelidado como o "encantador de Putin", pela sua capacidade de dialogar com o Presidente russo, mas as antes estreitas relações entre a Rússia e a Finlândia deterioram-se após a invasão da Ucrânia e a consequente adesão de Helsínquia à NATO.

O futuro chefe de Estado terá de tentar aliviar as crescentes tensões com Moscovo, o que não será uma tarefa fácil, uma vez que o Kremlin (Presidência russa) tem ameaçado repetidamente Helsínquia por uma alegada "atitude anti-russa".

A Finlândia mantém fechados os 1.340 quilómetros da sua fronteira com a Rússia, para evitar que Moscovo continue a instigar um afluxo maciço de refugiados como forma de desestabilização.

Leia Também: Finlandeses elegem novo presidente pouco depois de adesão à NATO

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