Relatório diz que faltavam parafusos na porta que se soltou de Boeing
Os parafusos perdidos parecem ter permitido que o painel da porta saísse da posição.
© Reuters
Mundo Boeing
A porta que saltou de um avião Boeing 737 Max, logo após a descolagem, pode não ter sido devidamente protegida, diz um novo relatório.
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA divulgou as conclusões iniciais da sua investigação ao incidente que ocorreu num avião da Alaska Airlines em janeiro.
O documento, citado pela BBC, diz que quatro parafusos de chave que deveriam trancar a porta não utilizada da fuselagem pareciam estar em falta.
Os parafusos perdidos parecem ter permitido que o painel da porta saísse da posição e se separasse da aeronave, diz o relatório.
O painel que cobria uma saída de emergência não utilizada – conhecida como tampa da porta – estourou, deixando um buraco na lateral do tubo principal da aeronave – conhecido como fuselagem.
O incidente, recorde-se, aconteceu minutos depois da descolagem do voo 2182 da Alaska Airlines. O avião então sofreu uma rápida perda de pressão na cabine, à medida que o ar saía e a atmosfera dentro do avião se igualava ao ar mais rarefeito do lado de fora.
A porta foi fabricado pelo fornecedor da Boeing, Spirit AeroSystems, e originalmente instalado na fuselagem antes de ser entregue à gigante aeroespacial. De acordo com o relatório preliminar, esta tampa da porta foi retirada na fábrica devido a danos ocorridos durante o processo de produção.
Evidências fotográficas sugerem que quando foi reinstalada, pelo menos três dos quatro parafusos não foram recolocados no lugar.
Danos na porta e nas dobradiças, bem como a falta de danos nas áreas onde os ferrolhos deveriam estar, sugerem que estes faltavam antes do incidente, afirma ainda o documento.
Recorde-se que em 5 de janeiro passado, uma porta da cabine de um Boeing 737 MAX 9 soltou-se durante um voo da Alaska Airlines entre Portland (Oregon) e Ontário (Califórnia), tendo o incidente causado apenas alguns feridos leves e o avião conseguido aterrar em segurança no aeroporto de origem.
A FAA desencadeou uma investigação sobre o incidente, que foi o primeiro grande problema de segurança durante um voo num avião Boeing desde os acidentes mortais do 737 MAX em 2018 e 2019, que levaram a uma longa imobilização daquele modelo.
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