"Vieram buscá-lo esta manhã na sua cela às 9h (8h em Lisboa) levado para França", disse Delphine Paci.
"Trata-se de uma violação flagrante do Estado de direito", criticou a advogada, acrescentando que "houve claramente um acordo entre os Estados belga e francês para violar uma decisão judicial", acrescentou.
Os atentados de Paris de 13 de novembro de 2015 fizeram 130 mortos.
Em setembro do ano passado, Salah Abdeslam foi condenado pela justiça belga por "homicídio num contexto terrorista" pelos atentados de março de 2016 em Bruxelas.
Estes atentados foram cometidos pela mesma célula jihadista responsável pelos ataques em Paris, em 2015.
Três homens fizeram-se explodir, dois no aeroporto e outro no metropolitano de Bruxelas, ferindo centenas de pessoas e provocando 32 mortos.
Desde a sua detenção, em março de 2016, Salah Abdeslam passou a maior parte do tempo sob custódia em França.
Em julho de 2022, após o fim do julgamento em Paris pelos atentados de 13 de novembro, foi "transferido temporariamente" para a Bélgica enquanto decorria o julgamento pelos atentados de Bruxelas.
Embora de nacionalidade francesa, Salah Abdeslam manifestou o desejo de cumprir a pena na Bélgica, onde cresceu e onde tem familiares.
Em outubro de 2023, o Tribunal de Recurso de Bruxelas, a pedido dos advogados, "suspendeu temporariamente" a transferência de Salah Abdeslam para França, onde deve vir a cumprir a pena pelos atentados de 13 de novembro de 2015.
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