O Ministério da Saúde palestiniano indicou que um homem de 39 anos e outro de 36 anos foram mortos por disparos das tropas, enquanto o Exército israelita afirma ter abatido três "operacionais terroristas".
Milícias palestinianas locais indicaram através da rede Telegram que enfrentaram o Exército judaico no campo de refugiados, que desde o início do corrente ano já foi alvo de diversas operações militares num dos pontos de maior tensão na Cisjordânia.
A agência oficial palestiniana Wafa indicou que forças especiais israelitas irromperam hoje em Nur Shams, apoiadas por reforços militares, originando confrontos armados.
A Wafa precisou que as tropas atacaram uma casa no campo de refugiados enquanto uma retroescavadora derrubava parte do edifício, com um jovem e três mulheres feridos pelos disparos.
Um porta-voz do Exército israelita indicou que as suas forças "efetuaram atividades antiterroristas na área de Nur Shams" com a polícia fronteiriça e "cercaram o edifício onde se entrincheirou Muatasam Ali, um importante terrorista". Acrescentou que "dois terroristas armados que tentavam fugir do edifício também foram neutralizados".
A atual espiral de violência na Cisjordânia ocupada e a mais grave desde a Segunda Intifada (2000-2005).
Apesar de a região já registar um aumento da tensão desde o inicio de 2023, a situação agravou-se na sequência do início da guerra entre Israel e o Hamas em 07 de outubro.
Desde essa data, mais de 370 palestinianos foram mortos por fogo israelita, incluindo 61 vítimas mortais desde o início de 2024.
Israel ocupa o território da Cisjordânia desde a designada Guerra dos Seis Dias de 1967, e mantém desde então um amplo regime de ocupação militar e colonização do território.
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