O ataque ocorreu numa rua principal do bairro de Mashtal, no leste de Bagdade, levando a que se juntasse uma multidão enquanto as equipas de emergência vasculhavam o que restava da viatura.
Dois oficiais das milícias apoiadas pelo Irão no Iraque disseram, a coberto do anonimato, à agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP) que um dos mortos era Wissam Mohammed "Abu Bakr" al-Saadi, o comandante responsável pelas operações do Kataib Hezbollah na Síria.
O ataque deu-se alguns dias depois de as Forças Armadas norte-americanas terem lançado uma ofensiva aérea contra dezenas de instalações no Iraque e na Síria utilizadas por milícias apoiadas pelo Irão e pela Guarda Revolucionária iraniana, em retaliação por um ataque de 'drone' que matou três soldados norte-americanos na Jordânia no final de janeiro.
Os Estados Unidos responsabilizaram pelo ataque na Jordânia a Resistência Islâmica no Iraque, uma vasta coligação de milícias apoiadas pelo Irão, e as autoridades disseram suspeitar de que o Kataib Hezbollah, em particular, o liderou.
Não foi até agora emitido pelas autoridades norte-americanas qualquer comentário sobre o ataque de hoje.
A Resistência Islâmica no Iraque tem reivindicado regularmente ataques a bases que albergam tropas norte-americanas no Iraque e na Síria, tendo como pano de fundo a atual guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, afirmando que se trata de uma retaliação pelo apoio de Washington a Israel.
O Kataib Hezbollah tinha declarado num comunicado que ia suspender os ataques contra as tropas norte-americanas para evitar "embaraçar o Governo iraquiano" após o ataque na Jordânia, mas outros juraram continuar a lutar.
Também hoje, o gabinete de imprensa dos rebeldes iemenitas Huthis referiu dois ataques aéreos na zona de Ras Issa, distrito de Salif, na província de Hodeida.
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