Mais de uma dúzia de corpos foram retirados hoje da lama e 51 pessoas continuam desaparecidas, incluindo mineiros e aldeões, de acordo com a última contagem publicada pelas autoridades locais.
O balanço anterior era de 54 mortos e 63 desaparecidos, segundo a agência noticiosa francesa AFP.
O deslizamento de terras causado por chuvas fortes ocorreu no dia 06, na aldeia de Masara, perto de uma mina de ouro, na ilha de Mindanao, no sul das Filipinas.
Pedras, lama e árvores caíram mais de 700 metros por uma montanha e enterraram a estação de autocarros para os empregados da mina e 55 casas da aldeia.
"Passou quase uma semana desde o incidente e (...) presumimos que não haja ninguém vivo no local", disse o porta-voz do gabinete provincial de gestão de catástrofes de Davao de Oro, Edward Macapili.
"Já existe um mau cheiro na zona e agora temos de acelerar a extração" dos corpos, acrescentou.
Segundo Macapili, ainda falta escavar uma área com cerca de 50 metros de profundidade.
As autoridades prometeram continuar as buscas até que todos os desaparecidos sejam encontrados.
Os deslizamentos de terras são comuns em grande parte das Filipinas, devido ao terreno montanhoso, às chuvas intensas e à desflorestação causada pela exploração mineira, pela agricultura de queimadas e pelo abate ilegal de árvores.
As tempestades também se estão a tornar cada vez mais fortes no arquipélago do Sudeste Asiático à medida que o clima se torna mais instável, segundo os cientistas.
Nas últimas semanas, as fortes chuvas em zonas de Mindanao, a segunda maior ilha das Filipinas, provocaram dezenas de deslizamentos de terras e inundações, obrigando dezenas de milhares de pessoas a refugiarem-se em abrigos de emergência.
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