"O Egito respeitará o acordo alcançado há mais de 40 anos, desde que Israel o respeite", prometeu Sameh Shukry, numa conferência de imprensa em Liubliana, ao mesmo tempo que voltou a apelar a um rápido cessar-fogo em Gaza.
O chefe da diplomacia egípcia condenou a deslocação forçada de centenas de milhares de palestinianos em Gaza e expressou a sua convicção de que o reforço das actividades militares israelitas no sul do enclave apenas agravaria a situação.
"A comunidade internacional deve tomar medidas claras contra os responsáveis pela deslocação forçada de residentes em Gaza", insistiu o ministro egípcio, cujo Governo quer evitar a todo custo ter de acolher centenas de milhares de palestinianos no seu território.
Shukry acredita que o conflito desencadeado pelo massacre terrorista do Hamas em Israel, em 07 de outubro, só será resolvido através do estabelecimento de dois Estados e da garantia da segurança tanto de Israel como dos palestinianos.
A agência Associated Press noticiou no domingo que o Egito ameaça suspender o seu tratado de paz com Israel se as tropas israelitas forem enviadas para Rafah, citando dois responsáveis egípcios e um diplomata ocidental que falaram sob anonimato.
As mesmas fontes da AP alertaram que os combates podem forçar o encerramento da principal rota de abastecimento de ajuda humanitária ao território sitiado.
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