O Ministério Público de Madrid, em Espanha, pediu quatro anos de prisão para um inspetor da Polícia Nacional que terá consultado bases de dados policiais sem autorização, em várias ocasiões, para recolher informação que depois partilhava com terceiros.
Segundo o diário ABC, entre essas pessoas estaria a proprietária de um bordel que o agente alegadamente frequentava, localizado em San Fernando de Henares, nos arredores da capital espanhola.
A mulher terá conseguido informações policiais sobre denúncias de violência de género, bem como dados sobre o seu ex-companheiro, incluindo o seu cadastro criminal. Estas informações, diz o jornal espanhol, foram entregues pessoalmente no bordel em questão.
A acusação revelou que o agente da Brigada Local de Segurança Cidadã do Corpo de Polícia Nacional fez até 1.339 consultas, sem autorização, aos bancos de dados policiais para fins pessoais.
De 25 de outubro de 2019 a 18 de dezembro de 2019, o homem terá realizado até 153 inquéritos a bases policiais "sem que nenhum deles se justificasse por motivos de cargo ou serviço", para depois divulgar a informação a terceiros fora do serviço policial.
De seguida, entregava "em mãos" as consultas a quem as tinha pedido, tanto dentro como fora da esquadra policial.
O homem é acusado de um crime de quebra de sigilo na guarda de documentos e violação de segredo. O julgamento ficou marcado para a próxima quarta-feira, no Tribunal Provincial de Madrid.
Leia Também: Homem mata outro com chave de fendas à saída de bordel em Espanha