"O Estado de Israel não tem intenção de retirar civis palestinianos para o Egipto", garantiu Yoav Gallant, durante uma conferência de imprensa em que não esclareceu qual será o destino de quase 1,5 milhões de pessoas, muitas delas deslocadas repetidamente, que estão concentradas em Rafah, onde vivem em condições extremamente difíceis, sem alimentação adequada e vivendo em abrigos improvisados.
"Respeitamos e valorizamos o nosso acordo de paz com o Egito, que é uma pedra angular da estabilidade na região e um parceiro importante", acrescentou Gallant.
O Egito é contra qualquer "deslocamento forçado" de palestinianos para o seu território.
Relativamente à operação em grande escala em Rafah anunciada por Israel, Gallant garantiu que as forças israelitas estão a prepara-la de forma minuciosa.
Gallant insistiu que esta cidade no sul da Faixa de Gaza continua a ser "um importante reduto do Hamas", segundo noticiou o Times of Israel.
De acordo com o ministro da Defesa, antes do início dos ataques de 07 de outubro de 2023, 24 batalhões do Hamas estavam estacionados na Faixa de Gaza e 18 destes já foram desmantelados.
"Agora, Rafah é o próximo centro de gravidade do Hamas", frisou.
Yoav Gallant garantiu ainda que o Exército israelita está a tomar "medidas extraordinárias" para evitar baixas civis, ao mesmo tempo que opera de acordo com o direito internacional.
A guerra foi desencadeada por um ataque do Hamas, em 07 de outubro, contra o sul de Israel, que causou a morte a mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP a partir de dados oficiais israelitas.
Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que fez 28.775 mortos, na grande maioria civis, segundo o mais recente balanço, divulgado na sexta-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas.
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