Um papel dentro de uma pequena garrafa de vidro permitiu identificar um homem que foi enterrado numa vala comum em 1941, em Valência, Espanha.
O nome de Germán Pérez Sánchez estava claramente escrito no papel, enrolado e introduzido numa pequena garrafa de vidro encontrada por investigadores, conta o diário ABC.
Bastou a informação para descobrir a identidade de uma das 12 pessoas enterradas na Vala 146 do cemitério de Valência, que foram alvejadas mortalmente a 13 de outubro de 1941, no chamado 'muro da morte de Paterna'.
A descoberta, conta o mesmo jornal espanhol, aconteceu durante trabalhos de exumação pedidos pela Associação de Familiares de Vítimas do Regime Franquista da Vala 146 de Paterna, nos arredores de Valência.
A prática de descobrir a identidade de mortos anónimos através destas mensagens "não é novidade", mas "era incomum este tipo de enterro em valas comuns, que facilitava muito a identificação das vítimas sem a necessidade de recorrer a exames de ADN para extrair a sequência completa das vítimas", disse a primeira vice-presidente da Diputació de Valência, Natàlia Enguix.
Os especialistas da Associação Científica ArqueoAntro conseguiram extrair a informação contida no papel, revelando que o homem residia em Utiel na época do seu homicídio. Tinha 50 anos e era latoeiro de profissão.
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