"Atualmente, um compromisso não é sinónimo de entrega, 50% (destes) compromissos não são cumpridos a tempo. [Por causa destes atrasos] estamos a perder pessoas e territórios", afirmou o governante durante um fórum dedicado ao segundo aniversário da invasão russa da Ucrânia.
O exército ucraniano, confrontado com uma situação extremamente difícil na frente, acaba de se retirar da 'cidade-fortaleza' de Avdivka (Leste), após meses de duros combates, alegando falta de homens e munições.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apelou repetidamente aos aliados ocidentais nos últimos dias para que entreguem ajuda militar "a tempo".
Zelensky pediu, em particular, munições, mais sistemas de defesa aérea e aviões de combate.
"Sabem muito bem o que precisamos para proteger os nossos céus, para fortalecer nosso exército terrestre, o que precisamos para sustentar e continuar nosso sucesso no mar, sabem muito bem que precisamos disso a tempo, e contamos convosco," disse Zelensky no sábado durante uma reunião virtual do G7.
O presidente ucraniano também estimou que os atrasos nas entregas de armas contribuíram para o fracasso da contra-ofensiva de Kiev no verão de 2023.
"No ano passado, durante a contra-ofensiva, tivemos muitas coisas muito úteis, muitas coisas muito importantes, mas nem todas chegaram a tempo", disse.
A invasão da Ucrânia pela Rússia, lançada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa na que é considerada a crise de segurança mais grave desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armamento a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.
O conflito, que entra agora no terceiro ano, provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, e um número por determinar de vítimas civis e militares.
Leia Também: Reino Unido pede mais coragem na apreensão de ativos russos congelados