O Parlamento anterior foi dissolvido em fevereiro devido ao "uso deliberado de expressões ofensivas e descontroladas" contra o emir do país do Golfo Mishal al-Ahmad al-Jaber al-Sabah.
Segundo a KUNA, um decreto do emir, aprovado primeiro pelo Conselho de Ministros, apela para os eleitores escolherem os novos membros da Assembleia Nacional (Parlamento).
O Kuwait é o único país do Golfo que possui um parlamento eleito democraticamente e, apesar de ser politicamente estável, é conhecido pelas repetidas dissoluções das câmaras e mudanças de governos devido ao habitual confronto entre os poderes Legislativo e Executivo devido a acusações mútuas de corrupção e abuso de poder e nepotismo.
A última vez que o emir dissolveu o Parlamento aconteceu em 15 de fevereiro, depois de Misha al-Sabah denunciar o "uso deliberado de expressões ofensivas e descontroladas" que considerou uma "violação dos princípios constitucionais" por parte da Assembleia Nacional.
Esta foi a primeira dissolução da câmara desde que Mishal al-Sabah tomou posse como emir, em 20 de dezembro de 2023, após a morte de seu antecessor, o seu meio-irmão, o xeque Nawaf al-Sabah.
A dissolução do Parlamento também ocorreu quase um mês e meio depois de membros do novo Governo do Kuwait, o primeiro formado pelo atual emir, terem prestado juramento perante o Parlamento, prometendo introduzir reformas e combater a corrupção neste rico país do Golfo Pérsico.
Durante o mandato do xeque Nawaf (2020-2023), o país teve de formar sete governos devido ao confronto contínuo entre o Parlamento e o Executivo.
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