"Os Estados Unidos estão convencidos de que uma solução diplomática é a única forma de acabar com as hostilidades", disse Amos Hochstein, acrescentando que o seu Governo defende que "um cessar-fogo temporário não será suficiente".
A visita de Amos Hochstein - coordenador especial do Presidente dos EUA, Joe Biden, para segurança energética - ocorre quando, hoje, uma pessoa foi morta e pelo menos sete outras ficaram feridas no norte de Israel por disparos vindos do Líbano.
No dia seguinte ao início da guerra, em 07 de outubro, em Gaza, entre Israel e o Hamas, o Hezbollah interveio para apoiar o seu aliado palestiniano, tendo como alvo o norte de Israel, que respondeu com bombardeamentos no Líbano.
O Líbano -- um país mergulhado numa profunda crise económica e política - deverá receber apoio internacional no caso de um acordo, assegurou Amos Hochstein.
Os mediadores ocidentais propuseram a resolução de uma disputa fronteiriça entre o Líbano e Israel como parte de uma solução diplomática.
O enviado norte-americano, que se vai encontrar com o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, acrescentou que o seu país estava a "trabalhar incansavelmente para um cessar-fogo" em Gaza.
Hoje, representantes do Egito, do Hamas, do Qatar e dos Estados Unidos continuam as negociações no Cairo com vista a uma trégua no território palestiniano.
Pouco antes da chegada do enviado norte-americano, o número dois do Hezbollah avisou que o seu grupo só interromperia os seus ataques contra Israel no caso do fim da guerra contra o Hamas.
Hochstein já tinha liderado a mediação entre Israel e o Líbano, que resultou, em outubro de 2022, na assinatura de um acordo que delimita a fronteira marítima entre os dois países e garantiu a distribuição de campos de gás 'offshore' no Mediterrâneo Oriental.
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