Moçambique. Abrigo e alimentação entre prioridades na vaga de deslocados

O primeiro-ministro moçambicano apontou hoje a alimentação e o abrigo como as prioridades na assistência aos deslocados resultantes da nova vaga de ataques no sul de Cabo Delgado.

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Lusa
04/03/2024 17:20 ‧ 04/03/2024 por Lusa

Mundo

Moçambique

"Neste momento, a prioridade é acomodar as pessoas. É isso que está sendo feito. Estava a ser um exercício muito grande, numa assentada, receber as pessoas. Algumas pessoas estão em escolas, outras em tendas, mas temos de dar alguma coisa para se alimentarem", declarou Adriano Maleiane, em declarações à comunicação social em Maputo, após uma reunião com atletas moçambicanos.

Em causa está uma nova vaga de ataques em direção ao sul de Cabo Delgado, incursões que, desde há algumas semanas, têm obrigado milhares de pessoas a abandonarem as suas aldeias, principalmente em Chiùre, em direção à sede daquele distrito e a Erati, em Nampula, província vizinha de Cabo Delgado.

Dados oficiais indicam que a nova vaga de ataques em resultado das movimentações dos rebeldes obrigou 67.321 pessoas a fugirem das suas terras de origem, ataques justificados pelo executivo moçambicano como resultado da "movimentação de pequenos grupos de terroristas" que saíram dos seus quartéis em direção ao sul de Cabo Delgado, após um período de relativa estabilidade. 

A província de Cabo Delgado enfrenta há seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021, com o apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (ACLED, na sigla em inglês).

Leia Também: MSF diz que 80 mil pessoas fugiram da violência armada desde janeiro

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