Lula e Sánchez unidos no combate ao extremismo no Brasil e Espanha

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afirmaram hoje a sua união na luta contra os extremismos e populismo crescente nos dois países.

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© THOMAS COEX/AFP via Getty Images

Lusa
06/03/2024 18:06 ‧ 06/03/2024 por Lusa

Mundo

Extremismo

Lula da Silva recebeu hoje Pedro Sánchez, na sua primeira visita oficial ao Brasil desde que assumiu o cargo em 2018, tendo sido recebido no palácio presidencial do Planalto, onde passou em revista um batalhão dos Dragões da Independência, regimento de honra da Presidência do Brasil.

Em conferencia de imprensa, depois de uma reunião à porta fechada, o chefe de Estado brasileiro disse que o Brasil e Espanha são "duas grandes democracias que enfrentam o extremismo, a negação da política e o discurso de ódio alimentado por notícias falsas".

"A nossa experiência no enfrentamento da extrema-direita que atua coordenada de forma internacional nos ensina que é preciso unir todos os democratas do mundo", frisou Lula da Silva.

Em relação à discriminação racial, recordou que os dois países "têm registado episódios de racismo, de discriminação racial e de xenofobia, inclusive na área de 'esportes' de grande público", numa alusão ao jogador brasileiro de futebol que atua no Real Madrid Vinicius Jr, que tem sido alvo regular de atos racistas em Espanha.

Por outro lado, Pedro Sánchez frisou que os dois países ambicionam consolidar a relação política e institucionalizar o mecanismo de diálogo permanente.

Pedro Sánchez falou ainda da importância de "defender a democracia dos ataques extremistas como os eventos do 08 de janeiro de 2023".

Sánchez deslocar-se-á ainda hoje ao parlamento, onde visitará uma exposição sobre o violento assalto que milhares de militantes de extrema-direita lançaram em janeiro de 2023 às sedes dos três poderes, numa tentativa de derrubar o Governo de Lula.

A agenda de Sánchez em Brasília começou no início do dia, com um encontro com um grupo de empresários espanhóis que operam no Brasil.

O seu último compromisso em Brasília será uma visita ao Museu dos Povos Indígenas, partindo depois para São Paulo, onde na quinta-feira participará num fórum empresarial.

O primeiro-ministro espanhol segue depois para o Chile, onde será recebido na sexta-feira pelo Presidente chileno, Gabriel Boric.

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