NATO. Primeiro-ministro sueco diz que adesão é "vitória da liberdade"
O primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, declarou hoje em Washington que a adesão da Suécia à NATO é "uma vitória da liberdade", enquanto o chefe da diplomacia norte-americana destacou "um momento histórico" para a Aliança Atlântica.
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A Suécia "fez uma escolha livre, democrática, soberana e unida para aderir à NATO", declarou o governante sueco, ao lado do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a quem entregou o instrumento de acesso à NATO, formalizando a entrada do seu país como 32.º membro da organização.
"Hoje é um dia verdadeiramente histórico", afirmou Kristersson.
"Sentimo-nos gratos, mas também orgulhosos. Iremos corresponder às elevadas expectativas de todos os aliados da NATO", disse o chefe do executivo sueco, que deixou um compromisso: "Partilharemos responsabilidades, obrigações e riscos com os outros parceiros".
Ulf Kristersson sublinhou: "Unidos, manter-nos-emos firmes. A unidade e a solidariedade serão as luzes orientadoras da Suécia enquanto membro da NATO".
O chefe do Governo sueco também escreveu nas redes sociais: "Somos a partir de agora um país mais seguro".
"Este é um momento histórico para a Suécia. É histórico para a aliança. É histórico para a relação transatlântica", afirmou, por sua vez, Antony Blinken, que sublinhou que esta integração demonstra o "fracasso estratégico" sofrido pela Rússia.
O governante norte-americano salientou: "A nossa aliança da NATO é agora mais forte e maior do que alguma vez foi".
"Todas as coisas boas vêm para aqueles que esperam", declarou o chefe da diplomacia norte-americana, referindo-se a um longo processo de ratificação entre os 31 membros, perante entraves levantados pela Turquia e Hungria.
Blinken afirmou que era uma honra "ser o primeiro a dar as boas-vindas" à Suécia como 32.º membro da NATO, que se está a expandir pela segunda vez desde o início da invasão russa da Ucrânia, há pouco mais de dois anos, após a entrada da Finlândia em abril do ano passado.
A Suécia, assinalou, "tem capacidades no Ártico e no Mar Báltico", recordando que o país "tem uma história de 200 anos de não-alinhamento e, antes da invasão russa da Ucrânia, menos de um em cada três suecos apoiava a adesão".
"Depois, tudo mudou: após a invasão, três em cada quatro suecos queriam aderir à NATO", afirmou o chefe da diplomacia norte-americana, comentando: "O povo sueco levantou-se e apoiou não só a defesa do seu país, mas também a responsabilidade comum de todos pela paz".
"Ninguém pensou que chegássemos aqui, mas aqui estamos", acrescentou.
A adesão da Suécia à NATO, desencadeada pela invasão russa da Ucrânia e conseguida após dois anos de intensas negociações, ocorreu hoje após a Hungria -- que colocou os maiores obstáculos -- ter depositado formalmente o protocolo de adesão em Washington.
[Notícia atualizada às 17h56]
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