Guerrilheiros birmaneses aumentam ataques contra alvos militares em Rangum

As milícias birmanesas realizaram quatro ataques bombistas nas últimas semanas contra alvos militares em Myanmar, num recrudescimento do conflito iniciado com o golpe de Estado de 2021, segundo a imprensa local e fontes da oposição.

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Lusa
13/03/2024 12:01 ‧ 13/03/2024 por Lusa

Mundo

Birmânia

Os ataques ocorreram em Rangum, antiga capital e a maior cidade do país do Sudeste Asiático, noticiou a agência espanhola EFE.

Não se sabe se houve feridos ou mortos nem pormenores sobre os danos causados, embora as forças pró-democracia afirmem ter afundado um navio que transportava combustível para caças.

Na terça-feira, um grupo de guerrilha urbana chamado "Dark Shadow" anunciou que tinha bombardeado a residência de oficiais da força aérea e alguns escritórios administrativos.

As Forças de Defesa Popular do Governo de Unidade Nacional (NUG, na sigla em inglês), que reivindica a autoridade democrática no país, disseram no domingo que atacaram uma área residencial de antigos oficiais superiores do exército.

As forças do NUG afirmaram num comunicado que a zona visada é a residência de funcionários da Burma Economic Corporation, a empresa militar que importa combustível para os aviões que bombardeiam civis.

Na noite de 29 de fevereiro, as forças do NUG atacaram com explosivos um navio que transportava combustível para aviões de combate no porto de Htee Tan, em Rangum.

A situação na antiga capital birmanesa estava até agora relativamente calma, dado que os combates entre o exército e as forças que se opõem à Junta Militar têm ocorrido nas zonas rurais e em cidades pequenas.

A antiga Birmânia tem estado mergulhada em conflitos desde o golpe de Estado, com a Junta Militar enfraquecida pelas derrotas do exército contra guerrilheiros pró-democracia e de minorias étnicas.

O golpe militar pôs fim a 10 anos de transição democrática com o derrube do governo de Aung San Suu Kyi, prémio Nobel da Paz de 1991.

Suu Kyi, que foi alvo de críticas internacionais por não apoiar o fim da repressão da minoria muçulmana rohingya, foi entretanto condenada a 33 anos de prisão em vários processos.

A líder birmanesa, de 78 anos, já tinha estado sob prisão domiciliária entre 1989 e 2010.

Leia Também: Junta militar de Myanmar condena três altos oficiais do exército à morte

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