Num comunicado, o executivo comunitário destaca que a verba se destina a ajudar parceiros humanitários no terreno a prestarem auxílio de emergência à população afetada pela violência, nomeadamente alimentos, nutrição, água e saneamento básico e ainda na área da saúde.
Uma parcela específica destina-se a garantir que as crianças mantêm acesso à educação, apesar da situação.
A UE já enviou mais de 500 milhões de euros ao Haiti, desde 1994, sendo este o maior beneficiário entre os países da América Latina e Caraíbas, mantendo-se este o país mais pobre do continente americano.
Sem eleições desde 2016, o Haiti não tem atualmente nem um parlamento nem um presidente e o primeiro-ministro, Ariel Henry - que se encontra no Quénia sem conseguir regressar a Port-au-Prince -- já anunciou que renuncia ao cargo assim que for criado um conselho de transição.
O último chefe de Estado, Jovenel Moïse, foi assassinado em 2021.
A vaga de violência causada por bandos armados aumentou quando a 28 de fevereiro se soube que Henry, que devia ter deixado o poder em 07 de fevereiro, nos termos de um acordo de 2022, se tinha comprometido a realizar eleições no Haiti apenas em 2025.
O chefe do Programa Alimentar Mundial (PMA) no Haiti, Jean-Martin Bauer, alertou em comunicado na terça-feira que o país está a passar por "uma das crises alimentares mais graves do mundo - 1,4 milhão de haitianos estão a dois dedos da fome".
Segundo a Organização Internacional para as Migrações, 362 mil pessoas estão atualmente deslocadas no Haiti, um número que aumentou 15% desde o início do ano.
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