A menos de duas semanas da data prevista para o julgamento de Donald Trump, em Manhattan, nos Estados Unidos, os procuradores que apresentaram o caso propuseram um adiamento de até 30 dias.
O gabinete do procurador distrital de Manhattan, que acusou o antigo presidente norte-americano de encobrir um escândalo sexual durante e após a campanha presidencial de 2016, afirmou que o atraso daria aos advogados de Trump tempo para analisar novas informações.
Ao que noticia o New York Times, o gabinete de advogados só recentemente obteve os registos dos procuradores federais, que há anos investigaram os pagamentos com dinheiro obscuro que estão no centro do caso.
O potencial adiamento do julgamento, que deverá começar com a seleção do júri a 25 de março, representará o mais recente atraso na extensa agenda legal de Trump, que inclui quatro processos criminais e vários processos civis.
O processo de Manhattan contra Trump deverá ser o primeiro a ser julgado, e poderá ser o único antes do dia das eleições. Um processo criminal em Washington, onde é acusado de conspirar para anular os resultados das eleições de 2020, deveria inicialmente ir a julgamento este mês, mas foi adiado enquanto ex-presidente norte-americano recorre para o Supremo Tribunal.
Um atraso no processo de Manhattan irá, provavelmente, agradar ao antigo presidente, cuja estratégia central para combater todos os seus envolvimentos legais é empatar o mais possível. Se Trump for eleito para um segundo mandato em novembro, os processos criminais contra ele ficarão suspensos até sair do cargo.
Ainda assim, o juiz que supervisiona o caso de Manhattan terá de aprovar o adiamento. No entanto, Juan M. Merchan tem feito questão de fazer avançar o caso em todas as ocasiões.
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