Os artefactos, alguns dos quais datam dos séculos XVIII e XIX, representam uma parte significativa da história de Okinawa.
Entre estes estão seis retratos, um mapa desenhado à mão de Okinawa do século XIX e várias peças de cerâmica, revelou a polícia federal norte-americana (FBI).
A divisão de Boston do FBI adiantou que ajudou a preparar a devolução dos artigos, que estavam desaparecidos há quase 80 anos, ao Governo do Japão.
Decorrerá no Japão, posteriormente, uma cerimónia formal de repatriação, noticiou a agência Associated Press (AP).
Em 2001, o conselho de educação da província de Okinawa registou alguns dos artefactos no Arquivo Nacional de Arte Roubada do FBI, um banco de dados de bens artísticos e culturais que foram relatados como roubados ao FBI por agências policiais nos EUA e em outros países.
Os artefactos foram descobertos quando uma família, que deseja permanecer anónima, encontrou o que parecia ser uma valiosa arte da Ásia nos pertences pessoais do seu falecido pai, segundo o FBI.
O pai foi um veterano da Segunda Guerra Mundial, mas nunca serviu na Guerra do Pacífico.
A família verificou a lista e encontrou alguns dos artigos identificados e comunicou às autoridades. O FBI conseguiu autenticar as obras de arte.
"Este caso destaca o importante papel que o público desempenha no reconhecimento e denúncia de possíveis obras de arte roubadas. Gostaríamos de agradecer à família de Massachusetts que fez a coisa certa ao contactar-nos e entregar estes tesouros para que pudéssemos devolvê-los ao povo de Okinawa", frisou Jodi Cohen, agente especial responsável pela Divisão de Boston do FBI, citado num comunicado.
Esta sexta-feira, Denny Tamaki, governador da província de Okinawa, anunciou a devolução dos artefactos ao povo de Okinawa, no Japão, segundo o FBI.
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