Rússia abate três drones ucranianos na região fronteiriça de Kursk
As forças de defesa aérea da Rússia abateram três drones ucranianos sobre a região de Kursk, perto da fronteira com a Ucrânia, avançaram hoje as autoridades locais.
© YASUYOSHI CHIBA/AFP via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
Pouco depois de alertar para o perigo de um ataque com aparelhos aéreos não tripulados, o governador de Kursk, Roman Starovoit, confirmou a presença de drones na região.
Starovoit anunciou mais tarde que as forças de defesa aérea na região de Kursk tinham destruído três drones ucranianos.
Estes ataques ocorreram horas depois de pelo menos 20 pessoas terem morrido e outras 73 terem ficado feridas num duplo ataque russo com mísseis contra uma zona residencial da cidade ucraniana de Odessa.
Na madrugada de sexta-feira, três crianças morreram num ataque ucraniano em Donetsk, uma cidade no leste da Ucrânia controlada pela Rússia, disse o autarca nomeado pelas forças russas, Alexei Koulemzin.
O alegado ataque aconteceu pouco antes do início da votação para as eleições presidenciais na Rússia, que decorre até domingo.
As eleições devem terminar com a recondução de Vladimir Putin para mais um mandato presidencial até 2030, face à ausência de oposição independente, controlo de informação e o espetro da manipulação.
A votação também está a ser organizada nas quatro regiões ucranianas anexadas unilateralmente pela Rússia em 2022, mas que o país apenas controla de forma parcial: Zaporijia, Kherson, Donetsk e Lugansk.
A diplomacia ucraniana, no entanto, apelou à rejeição do resultado da votação nas regiões ocupadas, que descreveu como "uma farsa".
Numa entrevista divulgada na quarta-feira, Putin acusou a Ucrânia de lançar ataques em solo russo numa tentativa de interferir nas eleições presidenciais.
Várias regiões russas, nomeadamente Belgorod e Kursk, ambas na fronteira com a Ucrânia, têm sido alvo de múltiplos ataques de drones ucranianos nos últimos dias, tendo como alvo infraestruturas de energia.
Estes ataques podem ser explicados de uma "forma muito simples", disse Putin.
"Tudo isto está a acontecer num contexto de falhas [ucranianas] na linha da frente", concretizou.
"No entanto, o objetivo principal, não tenho dúvidas, se não conseguirem minar as eleições presidenciais na Rússia, é pelo menos tentar impedir de alguma forma os cidadãos de expressarem a sua vontade", garantiu o líder russo.
A eleição deverá manter Putin no poder até 2030, ano em que completará 77 anos, com a possibilidade de um mandato adicional até 2036, graças a uma alteração constitucional feita em 2020 que permite ao líder eternizar-se no poder.
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