As detenções foram realizadas em 17 cidades em todo o país, incluindo Moscovo, segundo dados citados pela agência de notícias espanhola EFE, que apontam para 19 detenções na capital, Moscovo, a que se somam 29 pessoas em Kazan, a capital do Tartaristão, entre outras. O número deve crescer ao longo do dia.
Na capital, um casal foi detido por usar uma tarja com citações de George Orwell, autor do livro '1984', e noutros locais foram também feitas várias detenções no âmbito do protesto 'Meio-dia contra Putin', que levou os opositores a esperarem pelas 12:00 locais para se dirigirem às mesas de voto, num protesto que decorreu também noutras cidades estrangeiras, incluindo Lisboa.
Os organizadores da campanha - apoiada pela viúva do opositor russo Alexei Navalny (que morreu na prisão em fevereiro), Yulia Navalny, e pelo bilionário Mikail Jodokovski - também apresentaram outras opções de protesto, como inutilizar o boletim de voto ou escrever vários nomes, incluindo o de Navalny.
O protesto internacional 'Meio-dia contra Putin' convida os cidadãos russos, na Rússia e no resto do mundo, a deslocarem-se às respetivas assembleias de voto às 12h00 "para expressarem uma posição coletiva contra a atual situação política".
Vladimir Putin está no poder desde 2000 e pretende garantir um quinto mandato presidencial, depois de também ter ocupado o cargo de primeiro-ministro entre 2008 e 2012.
A participação nas eleições presidenciais da Rússia ultrapassou os 74%, a cerca de seis horas do encerramento dos últimos centros de votação, indicou a Comissão Eleitoral Central (CEC) do país.
Pelas 14h15 (hora local, menos três em Lisboa), a participação estava em 74,09% dos estimados 112 milhões de eleitores, revelou a CEC nos dados mais recentes apresentados até agora.
Nas eleições de 2018, a participação foi de 67,5%.
Os dados hoje divulgados incluem a votação eletrónica remota e a votação presencial.
Segundo as sondagens oficiais, as intenções de voto em Vladimir Putin rondam os 80%.
Leia Também: Opositores russos exilados pedem "apoio" a milícias anti-Putin