Soldados estão "atualmente a levar a cabo uma operação direcionada na área do hospital Al-Shifa", referiu o comunicado.
"A operação baseia-se em informações que indicam a utilização do hospital por terroristas de alta patente do [movimento islamita palestiniano] Hamas", acrescentou.
Testemunhas no terreno confirmaram à agência de notícias France-Presse (AFP) "operações aéreas" no bairro de Al-Rimal, onde se situa o hospital, o maior da Faixa de Gaza.
Os habitantes deste bairro central da cidade de Gaza afirmaram que "mais de 45 tanques israelitas e veículos blindados" tinham entrado em Al-Rimal. Alguns relataram também "combates" em redor do hospital.
O exército israelita dirige-se aos residentes através de altifalantes, pedindo-lhes que permaneçam em casa, enquanto "os drones disparam sobre as pessoas nas ruas perto do hospital", disseram testemunhas locais à AFP.
O serviço de imprensa do governo do Hamas afirmou que o hospital Al-Shifa estava a "ser bombardeado", acrescentando que "dezenas de milhares de pessoas deslocadas" se encontravam no edifício.
As tropas israelitas receberam "instruções sobre a importância de atuar com precaução, bem como sobre as medidas a tomar para evitar ferir pacientes, civis e pessoal médico", de acordo com o comunicado do exército.
"Foram trazidos para o local falantes de árabe para facilitar o intercâmbio com os pacientes", acrescentou. "Pacientes e pessoal médico não são obrigados a retirarem-se" do edifício, referiu a mesma nota.
Em 15 de novembro, o exército israelita tinha entrado no hospital, que está agora a funcionar com a capacidade mínima e com uma equipa reduzida.
Depois da operação, o exército israelita afirmou ter encontrado no hospital Al-Shifa "munições, armas e equipamento militar" do Hamas, o que o movimento, no poder na Faixa de Gaza desde 2007, desmentiu.
O exército israelita declarou igualmente ter descoberto, sob o hospital Al-Shifa, um túnel de 55 metros de comprimento, que alegou ser utilizado "para terrorismo". Na altura, convidou jornalistas a visitar o local.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, a 07 de outubro, o exército israelita efetuou operações em vários hospitais no território palestiniano e acusa o Hamas de utilizar os estabelecimentos de saúde como centros de comando.
De acordo com a ONU, menos de um terço dos hospitais da Faixa de Gaza está parcialmente operacional.
O Hamas é considerado uma organização terrorista por vários países, incluindo Israel, Estados Unidos e a UE.
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