Netanyahu e Biden discutiram "últimos desenvolvimentos" na Faixa de Gaza

Os chefes de Estado de Israel e dos Estados Unidos conversaram por chamada telefónica.

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© Brendan Smialowski/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
18/03/2024 18:42 ‧ 18/03/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Israel/Palestina

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, teve uma chamada telefónica com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na qual foram discutidos os "últimos desenvolvimentos" da guerra entre Israel e o Hamas. Segundo a Casa Branca, esta foi a primeira conversa telefónica entre os dois aliados desde há mais de um mês.

"Esta tarde, falei com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Discutimos os últimos desenvolvimentos na guerra, incluindo o compromisso de Israel em alcançar todos os objetivos", escreveu Netanyahu no X (antigo Twitter).

Na mesma nota informativa, o primeiro-ministro israelita listou esses mesmos objetivos: "Eliminar o Hamas, libertar todos os reféns e assegurar que a Faixa de Gaza nunca mais volta a ser uma ameaça para Israel - enquanto se fornece a ajuda humanitária necessária que ajudará a atingir estes objetivos".

A conversa aconteceu depois de a oposição republicana terem expressado indignação por o líder da maioria democrata no Senado, Chuck Schumer, ter criticado duramente a forma como Netanyahu lidou com a guerra, pedindo novas eleições em Israel.

Biden disse que o líder democrata tinha feito um "bom discurso" que refletia as preocupações de muitos norte-americanos, sem subscrever diretamente o apelo eleitoral de Schumer.

A Casa Branca tem sido cética em relação ao plano de Netanyahu de realizar uma operação militar na cidade de Rafah, no sul do enclave de Gaza, para onde fugiram mais de um milhão de palestinianos deslocados, quando Israel continua o esforço de guerra para eliminar o movimento islamita Hamas.

A conversa entre Biden e Netanyahu também ocorreu no dia em que a agência alimentar das Nações Unidas emitiu novos avisos sobre a catástrofe humanitária em Gaza.

No domingo, Netanyahu atacou as posições críticas norte-americanas, descrevendo os apelos para uma nova eleição como "totalmente inapropriados". "Não somos uma República das Bananas. (...) O povo de Israel escolherá quando deve haver eleições e quem elegerá", disse o chefe de governo israelita.

O conflito em curso entre Israel e o Hamas, que desde 2007 governa na Faixa de Gaza, foi desencadeado pelo ataque do movimento islamita em território israelita em 07 de outubro.

Nesse dia, 1.139 pessoas foram mortas, na sua maioria civis mas também perto de 400 militares, segundo os últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que mais de 120 permanecem na Faixa de Gaza.

Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde então a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas pelo menos 31.700 pessoas -- na maioria mulheres, crianças e adolescentes -- e feridas mais de 70.000, também maioritariamente civis.

As agências da ONU indicam ainda que pelo menos 160 funcionários foram mortos em Gaza desde 07 de outubro.

A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes devido ao colapso dos hospitais, ao surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

Desde 07 de outubro, pelo menos 418 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém Leste, territórios ocupados pelo Estado judaico, para além de se terem registado perto de 7.000 detenções e mais de 3.000 feridos.

Leia Também: Biden e Netanyahu conversaram pela primeira vez num mês

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