Questionado no âmbito da União Europeia (UE) por não ter cortado relações com Moscovo após a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, Orbán defendeu relações "assentes no respeito mútuo" e nas quais possa haver "discussões importantes", "mesmo em contextos geopolíticos complicados".
Sublinhou também o "compromisso" da Hungria com a paz e "a importância do diálogo" para fomentar as "relações pacíficas", indicou o porta-voz do seu executivo, Zoltan Kovacs, nas redes sociais.
A mensagem de felicitações de Orbán chegou horas depois de a Comissão Eleitoral Central da Rússia ter certificado os resultados do escrutínio e coincide igualmente com a reunião de chefes de Estado e de Governo da UE em Bruxelas, onde precisamente se debate pela primeira vez o aproveitamento dos bens russos congelados para aumentar a ajuda militar à Ucrânia.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991, após a desagregação da antiga União Soviética, e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.
A invasão foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontam-se com falta de armamento e munições, apesar das promessas de ajuda dos aliados ocidentais, num conflito que já fez dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, muitos dos quais civis, e sem hipóteses de conversações entre Moscovo e Kyiv à vista.
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