Rússia "destruirá" líderes ucranianos se tiverem ligações a atentado

O ex-presidente russo, Dmitri Medvedev, disse hoje que a Rússia "destruirá" os líderes ucranianos caso se confirme que são responsáveis pelo atentado terrorista numa sala de concertos nos subúrbios de Moscovo, embora Kyiv já se tenha demarcado do sucedido.

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Lusa
22/03/2024 20:29 ‧ 22/03/2024 por Lusa

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Medvedev

"Se for estabelecido que são terroristas do regime de Kyiv... todos devem ser encontrados e destruídos impiedosamente como terroristas. Incluindo os líderes do Estado que cometeram tal atrocidade", afirmou na rede Telegram Medvedev, também número dois do Conselho de Segurança Nacional e conhecido pelas suas declarações radicais.

Pelo menos 40 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas na noite de hoje num ataque de homens armados numa sala de concertos nos arredores de Moscovo, segundo o primeiro balanço das forças de segurança russas (FSB).

"O número preliminar do ataque terrorista no complexo Crocus (...) é neste momento de 40 mortos e mais de cem feridos", disse o FSB, citado por agências russas.

A Presidência ucraniana e combatentes russos aliados de Kyiv na guerra em curso contra as forças de Moscovo negaram qualquer envolvimento no tiroteio.

A Ucrânia "não tem absolutamente nada que ver" com o tiroteio em Moscovo, declarou um conselheiro da Presidência da República ucraniana, Mikhailo Podoliak, classificando o ataque como um "ato terrorista".

Por sua vez, a legião Liberdade da Rússia, um grupo de combatentes russos anti-Kremlin sediado na Ucrânia, negou também qualquer participação no mortífero ataque armado na sala de concertos moscovita.

"Sublinhamos que a Legião não combate os civis russos", declarou o grupo, que responsabilizou "o regime terrorista de [Vladimir] Putin", Presidente russo.

A agência estatal russa RIA Novosti informou que pelo menos três homens irromperam pela sala de concertos e dispararam armas automáticas.

Vários outros meios de comunicação social russos relataram o tiroteio e que o local está em chamas, enquanto são retirados civis e unidades especiais da polícia acorrem ao local.

Leia Também: AO MINUTO: 40 mortos em ataque; Avisos? Putin chamou-lhes "intimidação"

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