Depois de o ministro polaco dos Negócios Estrangeiros, Radoslaw Sikorski, já ter afirmado que o seu governo iria exigir explicações ao embaixador Sergey Andreyev, "mas provavelmente não obterá mais do que demagogia", o porta-voz do Ministério indicou que chegará "através de outro canal" uma nota para solicitar esclarecimentos ao diplomata.
Pawel Wronski sublinhou que a Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas define claramente as funções de um embaixador no país de acolhimento, acrescentando que duvida que Andreyev seja capaz de representar adequadamente os interesses da Federação Russa em Varsóvia.
Trata-se da terceira vez este ano que o embaixador russo é chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros em Varsóvia.
Os radares militares polacos detetaram a entrada de um míssil de origem russa, que sobrevoou o seu espaço aéreo por 39 segundos na manhã de domingo, levando o exército polaco a declarar o estado de alerta e a patrulhar permanentemente a zona fronteiriça com a Ucrânia.
Um porta-voz da Força Aérea polaca reiterou hoje que o míssil "foi detetado pelos radares" ainda antes de entrar no espaço aéreo, mas foi decidido não o abater face à possibilidade de os seus destroços causarem danos.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Gabrielius Landsbergis, sublinhou, numa entrevista televisiva, que deve ser enviada "uma mensagem clara (à Rússia) de que, da próxima vez que um míssil invadir o espaço aéreo de (um país da NATO), será abatido".
A Rússia lançou uma ofensiva militar contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
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