Não foram registadas vítimas.
Nenhuma sirene de alarme foi acionada em território israelita, afirmou o exército num comunicado que anunciava a interceção.
Já uma fonte militar da Jordânia anunciou a queda de um drone não identificado no seu território, a cerca de 30 quilómetros a sudoeste de Amã.
Os destroços provocaram um incêndio numa zona arborizada, que o exército e a Defesa Civil conseguiram extinguir.
Segundo vários meios de comunicação da Jordânia, o drone foi disparado do Iémen, informação que não foi confirmada por nenhuma fonte oficial.
Após o início da guerra em Gaza, desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas contra Israel em 07 de outubro de 2023, os rebeldes Houthi apoiados pelo Irão no Iémen, que afirmam estar a agir em solidariedade com os palestinianos, realizaram dezenas de ataques com mísseis e drones contra Israel.
No Mar Vermelho, uma zona essencial para o comércio mundial, também atacaram navios com alegadas ligações a Israel.
Estes ataques cessaram com a trégua que entrou em vigor em 19 de janeiro, mas os Houthis lançaram novos ataques depois de Israel ter retomado a sua ofensiva em Gaza, em 18 de março.
O movimento islamita palestiniano Hamas declarou no sábado que esperava "progressos reais" nas conversações previstas no Cairo com vista a uma trégua na Faixa de Gaza, onde os mortíferos ataques israelitas prosseguem sem interrupção.
Ao mesmo tempo, o exército israelita anunciou ter intercetado três projéteis disparados a partir do território palestiniano, onde Israel retomou a sua ofensiva em grande escala em 18 de março, após uma trégua de dois meses.
Uma delegação do Hamas, liderada pelo negociador-chefe Khalil al-Hayya, é esperada no Cairo ainda hoje para discutir um cessar-fogo em Gaza com mediadores egípcios, disse um funcionário do Hamas sob condição de anonimato.
"Esperamos que a reunião permita fazer progressos reais no sentido de um acordo que ponha fim à guerra e à agressão e garanta a retirada total das forças de ocupação (israelitas) de Gaza", disse à AFP.
Segundo o responsável, o Hamas não recebeu qualquer nova proposta de tréguas, apesar de os meios de comunicação israelitas terem noticiado que o Egito e Israel tinham trocado projetos de documentos relativos a um acordo de cessar-fogo e à libertação de reféns.
"Mas os contactos e as discussões com os mediadores estão em curso", afirmou.
De acordo com o Times of Israel, a proposta egípcia implicaria o regresso a Israel de 16 reféns, oito vivos e oito mortos, em troca de uma trégua de 40 a 70 dias e da libertação de um grande número de prisioneiros palestinianos.
Referindo-se aos reféns, o Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou esta semana que se está a aproximar "o momento" em que os poderão recuperar.
O seu enviado para o Médio Oriente, Steve Witkoff, citado pela imprensa israelita, também afirmou que "um acordo muito sério está a tomar forma, é uma questão de dias".
Uma trégua concluída sob a égide dos Estados Unidos, do Egito e do Qatar entre 19 de janeiro e 17 de março permitiu o regresso de 33 reféns, incluindo oito mortos, em troca da libertação por Israel de cerca de 1800 prisioneiros palestinianos.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirma que o aumento da pressão militar é a única forma de obrigar o Hamas a devolver os reféns.
Em Gaza, o Ministério da Saúde do Hamas anunciou que pelo menos 1.563 palestinianos tinham sido mortos desde 18 de março, elevando para 50.933 o número de mortos no território palestiniano desde o início da destrutiva ofensiva israelita em retaliação do ataque de 07 de outubro.
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