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Pelo menos 18 pessoas mortas pelo grupo rebelde 3R na RCA

Pelo menos 18 pessoas foram mortas, na terça-feira, pelo grupo rebelde 3R após terem sido convocadas para uma reunião pelos terroristas, no noroeste da República Centro-Africana (RCA), anunciaram hoje o Governo e as autoridades locais.

Pelo menos 18 pessoas mortas pelo grupo rebelde 3R na RCA
Notícias ao Minuto

19:44 - 04/04/24 por Lusa

Mundo RCA

"A tragédia ocorreu a cerca de 16 quilómetros da cidade de Kela-Mbaoulé, onde os elementos do 3R convocaram a população para se reunir no local e, quando as pessoas chegaram, dispararam sobre elas à queima-roupa", disse à EFE o representante das autoridades locais, Jean Ndio.

De acordo com Ndio, os rebeldes disseram às vítimas que queriam discutir questões relacionadas com o roubo de vacas.

"Não sabemos as razões deste massacre", acrescentou o político local, que apelou ao envio de agentes de segurança para a região.

Por sua vez, o porta-voz do Governo da RCA, Maxime Balalu, disse à EFE que a polícia "está no terreno e está a cumprir o seu dever para restaurar a ordem e a paz".

Também o presidente da Liga Centro-Africana dos Direitos Humanos (LCDH) - uma organização da sociedade civil - , Joseph Bindoumi, exigiu que o Governo e, em particular, a justiça centro-africana e a justiça internacional abram uma investigação para esclarecer o que aconteceu.

O grupo rebelde e o Governo assinaram um acordo de paz em 06 de fevereiro, mas os ataques dos terroristas não pararam.

A violência sistémica persiste na RCA desde finais de 2012, quando uma coligação de grupos rebeldes do nordeste de maioria muçulmana - a Séléka - tomou a capital, Bangui, e derrubou o Presidente François Bozizé, dando início a uma sangrenta guerra civil.

Embora o atual Presidente, Faustin Archange Touadéra, tenha declarado um cessar-fogo unilateral, em outubro de 2021, com o objetivo de facilitar o diálogo nacional, grande parte do país - rico em diamantes, urânio e ouro - continua a ser controlado por milícias.

De acordo com as Nações Unidas, a violência deslocou mais de meio milhão de pessoas e 3,4 milhões - 56% da população centro-africana - necessitam de assistência humanitária.

Leia Também: EUA acreditam que reservas de armas dos Hutis podem ser baixas

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