Polónia quer investigação por homicídio de sete trabalhadores em Gaza
O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros polaco pediu hoje a Israel que "conduza uma investigação criminal" sobre homicídio, na sequência da morte de sete trabalhadores humanitários, incluindo um polaco, num ataque israelita na Faixa de Gaza.
© Momen Faiz/NurPhoto via Getty Images
Mundo Israel
"Queremos que a procuradoria regional [polaca] seja admitida e envolvida na explicação e em todos os procedimentos criminais e disciplinares contra os soldados responsáveis por este (...) assassínio", declarou Andrzej Szejna à imprensa, depois de entregar ao embaixador israelita, que tinha sido convocado por Varsóvia, uma nota formal de protesto.
Um ataque do exército israelita matou sete trabalhadores humanitários, dos quais seis estrangeiros e um palestiniano, da organização World Central Kitchen, que estava a fazer chegar comida, por via marítima, à Faixa de Gaza, cuja população enfrenta o flagelo da fome após quase seis meses de guerra entre o movimento islamita palestiniano Hamas e Israel.
O vice-ministro denunciou "este acontecimento sem precedentes na história do mundo civilizado, nomeadamente o bombardeamento de um comboio humanitário que se dirigia à Faixa de Gaza, atingida pela fome, com ajuda humanitária".
De acordo com Szejna, o embaixador Yacov Livne "pediu desculpa".
O comportamento e as declarações do embaixador, que até agora se recusou a apresentar um pedido de desculpas público claro após o ataque de segunda-feira, provocaram protestos de altos funcionários polacos, incluindo o Presidente Andrzej Duda, que na quinta-feira descreveu as observações do diplomata israelita como "escandalosas".
O vice-ministro polaco voltou hoje a "exigir uma indemnização para as vítimas, incluindo para o cidadão polaco e a sua família, se esta assim o desejar".
De acordo com o Szejna, os restos mortais do trabalhador humanitário polaco Damian Sobol, 35 anos, poderão regressar ao país a bordo de um avião militar nas "próximas horas".
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