Em comunicado, o Hezbollah lamentou a morte de dois dos seus combatentes em bombardeamentos israelitas, sem dar mais detalhes. Ao mesmo tempo, assumiu a responsabilidade por nove novos ataques contra posições do Exército israelita no norte do país.
O movimento Amal, por sua vez, afirmou que dois dos seus membros foram mortos.
No entanto, de acordo com a Agência Nacional de Notícias do Líbano (ANI), três pessoas foram mortas num ataque israelita a um centro do grupo Amal em Jdeidet Marjayoun, no sul do Líbano, a cerca de dez quilómetros da fronteira, e outras duas num ataque semelhante na cidade fronteiriça de Aita el-Chaab.
Avichay Adraee, porta-voz do Exército israelita, declarou na plataforma X que a Força Aérea tinha bombardeado infraestruturas do Hezbollah, incluindo "um edifício militar em Aita el-Chaab".
Num discurso transmitido hoje na televisão, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, disse que o seu movimento ainda não utilizou as suas principais armas contra Israel, reiterando que o movimento cessaria os seus ataques quando a guerra entre Telavive e o grupo islamita Hamas "acabar em Gaza", na Palestina.
Desde o ataque sangrento do Hamas a Israel, em 07 de Outubro, tem havido trocas diárias de tiros na fronteira israelo-libanesa entre o Exército de Telavive e o Hezbollah, que apoia o grupo palestiniano na guerra que naquele dia se iniciou na Faixa de Gaza.
O Hezbollah tem como alvo posições militares israelitas e locais próximos da fronteira e Israel responde com bombardeamentos em território libanês, principalmente no sul do país, nomeadamente em ataques direcionados contra responsáveis ?do grupo xiita apoiado pelo Irão e do Hamas, na maior crise na região desde 2006.
Pelo menos 355 pessoas foram mortas no Líbano, incluindo 234 combatentes do Hezbollah, 15 combatentes do Amal, mas também 68 civis, em trocas de tiros durante quase seis meses, segundo a agência France Presse.
No norte de Israel, na fronteira com o sul do Líbano, dez soldados e oito civis foram mortos, de acordo com o Exército israelita.
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