Biden lançou esta acusação em resposta a Trump, que divulgou uma mensagem vídeo na qual descartava a defesa de uma proibição nacional do aborto caso vencesse as eleições, defendendo que cada um dos 50 estados norte-americanos deve decidir a sua própria legislação nesta matéria.
Num comunicado, Biden lembrou que Trump é o principal responsável pela decisão do Supremo Tribunal - com uma maioria conservadora e três juízes nomeados pelo ex-presidente republicano - que em 2022 reverteu a legislação de controlo federal na defesa do acesso ao aborto, que vigorava desde 1973.
Após esta decisão do Supremo Tribunal, vários estados controlados pelos republicanos começaram a proibir a prática do aborto.
O Presidente democrata culpou o seu antecessor pela "crueldade e caos que assolou os Estados Unidos" desde essa decisão.
"Por causa de Donald Trump, uma em cada três mulheres nos Estados Unidos já vive sob proibições radicais e perigosas que colocam as suas vidas em risco e ameaçam os médicos com processos judiciais por fazerem o seu trabalho", escreveu Biden.
O líder norte-americano denunciou que as mulheres que desejam interromper a gravidez estão a ser rejeitadas pelas clínicas que procuram e são obrigadas a recorrer à Justiça para solicitar atendimento ou viajar para outros estados onde o aborto é legal.
Biden lembrou ainda que em estados como a Florida o aborto passará a ser ilegal após seis semanas de gestação, "antes mesmo de muitas mulheres saberem que estão grávidas".
O presidente reiterou que está determinado a "restaurar a proteção federal" ao aborto se conseguir a reeleição e uma maioria democrata no Congresso após as eleições de novembro próximo.
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